30.6.04

VERÃO QUENTE NA CORUNHA



Já se conhece o programa do festival corunhês Vinhetas desde o Atlântico, a decorrer entre 16 e 22 de Agosto deste ano. Para além das presenças de Ana Mirales, Bruce Jones, Silver, Francisco Iglesias e Nicolas de Créci, entre outros, o festival contará com diversas exposições e com espaços de venda e divulgação de banda desenhada galega e de muitas outras paragens.Para quem ainda não tem planos de verão... Para saber mais, é só passar por aqui.
MÚSICA, LIVROS E BANDA DESENHADA
Da Chili Com Carne chegou-nos um mail algo misterioso... mas é festa na certa!

Atari Teenage Riot_ Brujeria_ Blondie_ Slayer_ Cradle of Filth_ Reporter
Estrábico_ MatoZoo Festa do ERRO 2004 Merzbow_ Nancy Sinatra_ Rage
Against the Machine_ Cramps 1 a 3 de JULHO Ohrg_ Tricky_ Clash_ Eagles
of Death Metal_ Richard Cheese_ Peaches Bar ORÁCULO (s.romão, seia,
serra da estrela) Praxis_ Lords of Acid_ T. Raumschmiere_ N.E.R.D._ Miss
Kittin_ Motorhead_ Kraftwerk_ Queens of the Stone Age_ Mr. Bungle_
Shangri-las_ Praxis_ Daft Punk_ KMFDM_ White Zombie_ Mike Flowers Pop_
Fisherspooner_ Turbo Negro_ Marilyn Manson_ Anti-balas_ Vevê_ Audio
Bullys_ Rollana Beat_ Lolly and Brains_ Flaming Lips_ Stealing Orchestra
com DJ GOLDEN SHOWER e uma feira de livros baratos Kid 606_ Human
League_ Skinny Puppy_ Urban Dance Squad_ MC5_ Public Enemy_ Sonic Youth_
White Stripes descriminação sexual na indústria da diversão noturna /
oferta de uma bd a clientes do sexo feminino
ANIMAÇÃO EM ESTREMOZ
Sábado, 3 de Julho
16H30 (entrada livre)

HÍSSIS, nuno beato, 2003, 26' (com a presença do realizador)
BENNOZH DÍT, sébastien watel / fabienne collet, 1999, 2'
CABEÇA PERDIDA, isabel aboim, 1999, 2'58'' (com a presença do realizador)
TAXI, isabel aboim, 2001, 7'30'' (com a presença do realizador)
FRAGMENTOS DE SAL, cristina teixeira, 2000, 7' (com a presença do
realizador)

WAKING LIFE, richard linklater, 2001, 97'


Domingo, 4 de Julho
16H30 (entrada livre)

A SUSPEITA, josé miguel ribeiro, 1999, 25' (com a presença do realizador)
BALANCE, christoph lauenstein / wolfgang lauenstein, 1989, 7'

GERTIE O DINAUSSAURO, winsor mccay, 1914 8'30''
OUT OF THE INKWEL: INVISIBLE INK, dave & max fleischer, 1921, 8'
SPIRITUAL CONSTRUCTIONS, oskar fischinger, 1927, 7'
BEGONE DULL CARE, norman mc laren, 1949, 7'
LA JOIE DE VIVRE, anthony gross & hector hoppin, 1934, 9'
SCREEN PLAY, barry purves, 1992, 1'

SISYPHUS, marcell jankovics, 1974, 2'
FEET OF SONG, erica russell, 1988, 5'
LA RUE, caroline leaf, 1976, 10'
78 TOURS, georges schwizebel, 1985, 4'
QUEST, tyron montgomery, 1996, 11'33''
CREATURE CONFORTS, nick park, 1989, 5'
TANGO, zbigniew rybczynsky, 1981, 10'
SYNCHROMY, norman mclaren, 1971, 7'


OFICINA DE ANIMAÇÃO EM VOLUMES
17 e 18 de Julho
10H00 - 17H30
Abordagem aos princípios básicos da animação. Experimentação das técnicas
da pixilização, da animação em areia, com recortes e em plasticina.

Formador: Nuno Beato
Nº de participantes: 12
Inscrição: ?30


OFICINA DE ANIMAÇÃO EM PAPEL
23, 24 e 25 de Julho
10H00 - 17H30
O workshop centrar-se-á na aprendizagem da técnica de animação de desenho,
desenrolando-se ao longo de três dias. Durante este período os
participantes animarão sequências com base numa banda sonora pré-concebida,
explorando o movimento, o ritmo, e a expressão gráfica. Para finalizar, e
com base no trabalho de cada um dos inscritos, montar-se-á um pequeno filme
em suporte digital.

Formador: José Pedro Cavalheiro (ZEPE)
Nº de participantes: 12
Inscrição: ?30


Para inscrições e outras informações contacte-nos através do telefone, fax,
email ou morada abaixo mencionados.
Com os melhores cumprimentos,

(NÓS POR CÁ, TODOS BEM.)

T: 268 082 940 / 96 722 13 83
F: 268 082 941
E: nosporcatodosbem@netvisao.pt
Rua Magalhães de Lima, nº 38 - 7100 -552 ESTREMOZ
INICIAÇÃO À BD NA AMADORA
Curso de Iniciação à BD no CNBDI

Ocupar os tempos livres dos jovens e proporcionar conhecimentos na área da Banda Desenhada, são os objectivos da Oficina que se realiza no CNBDI entre os dias 5 e 16 de Julho. As inscrições estão abertas e a participação é gratuita.


Pretende-se com esta acção, proporcionar o contacto com um conjunto de ferramentas da linguagem gráfica que permita abrir novos caminhos nos trabalhos que os alunos desenvolvem na sua escola e estimular, através da construção de uma história em banda desenhada, o gosto pela criação literária e artística.

A oficina, que se destina a jovens dos 12 aos 16 anos, e que terá uma capacidade para 12 participantes, é composta por 10 sessões que se estendem de 5 a 16 de Julho (excepto fim-de-semana), das 9.30 às 12.30 horas. Os alunos vão, durante as primeiras 9 sessões, tomar contacto com a linguagem da banda desenhada e assimilar as questões teóricas e no último dia do curso apresentar uma edição de bd, concebida com o recurso ao desenho e ao argumento.

O curso, organizado pelo Centro Nacional de BD e Imagem, é desenvolvido por Rui Brito, argumentista e editor das Edições Polvo.

27.6.04

NOVO CURSO DE FORMAS ANIMADAS NO CITEN
Chegou-nos por mail:

Curso de Formas Animadas do
Centro de Imagem e Técnicas Narrativas

| Este é um curso de média duração (72 horas) a realizar entre Setembro e
Novembro de 2004. O número de participações é limitado e para a entrevista
de selecção é obrigatória a apresentação de portfolio e CV . |


Público alvo: artistas plásticos, bailarinos, marionetistas, actores e
professores
Formadores: Luís Vieira e Rute Ribeiro
Pré-inscrições: até 20 de Julho a Novembro
Duração: 72h
Horário: 3ª e 5ª, das 18h às 22h
N.º de Participantes: 12
Propina: 250EUR

Objectivos:
O curso pretende ser um laboratório de pesquisa e experimentação no âmbito
do teatro de sombras. Privilegiando o lado puramente visual e plástico da
narrativa, os alunos serão convidados a desenvolver projectos artísticos a
partir da criação de marionetas de sombras e do seu processo de animação.

Para mais informações, não hesite em contactar-nos:
TEL: 21 782 35 05
FAX: 21 782 30 18
E-mail: citen@gulbenkian.pt

24.6.04

BOAS NOTÍCIAS NA ANIMAÇÃO
Descobrimos no site da bedeteca:

Será dia 25 que estreia "Sem Respirar" o novo filme de animação de Pedro Brito, que será exibido às 21h30m, inserido no ciclo "Animação Portuguesa" na Cinemateca Portuguesa, na Sala Dr. Félix Ribeiro. Originalmente planeado para dia 21 de Maio, a estreia acabou por não acontecer devido aos problemas técnicos durante a projecção dos primeiros filmes do ciclo. Esta nova curta metragem tem a duração de 7 minutos e é produzida pela Animanostra, com o apoio do ICAM - Ministério da Cultura.
Pedro Brito é conhecido pela sua actividade na bd colaborando em diversos fanzines, sendo autor de uma série de livros, entre eles "Só ouves aquilo que te interessa" iniciando a colecção Lx Comics da Bedeteca de Lisboa.
Mais informações em www.cinemateca.pt



Lá estaremos, para ver se é desta que a sessão chega ao fim!

22.6.04

JÁ PASSOU E NEM DEMOS CONTA
Acabo de descobrir que o Beco fez um ano no passado dia 20 de Junho. Entre problemas informáticos e um fim de semana agitado, nenhuma de nós deu conta do facto, pelo que as eventuais comemorações ficaram esquecidas. De qualquer modo, aproveitamos a lembrança para agradecer a todos os leitores que por aqui vão passando, enviando mails, trocando opiniões. E para o ano prometemos lembrar-nos a tempo!
PARABÉNS, RICHARD!
Acabámos de saber que Richard Câmara venceu a categoria de 'melhor argumento' do recente Festival de Lucerno, com uma história curta em torno do já clássico Capuchinho. Aqui ficam as nossas sinceras felicitações!
ESPAÇO CRÍTICO
O David Soares teve a simpatia de nos enviar um exemplar do seu último livro há já um mês e desde essa altura que ando a prometer escrever umas linhas sobre ele... Parece que é desta.



Sobre BD, editado pela Círculo de Abuso, reúne um conjunto de textos sobre diferentes bandas desenhadas, em tom de análise e reflexão a partir de pormenores e leituras que se vão esboçando como caminhos a percorrer. Maus, Saga of the Swamp Thing, Vincent e Van Gogh, Arkham Asylum e Uzumaki são as obras analisadas e para cada uma delas, David Soares traça uma espécie de teia de referências e possíveis influências, para além de apresentar a sua leitura pessoal. Mas é a teia de referências e influências que predomina, num exercício analítico que procura encontrar em outras artes, com predomínio acentuado para a literatura, arquétipos e tópicos que se relacionem com as bd?s abordadas. E se esse trabalho tem o interesse de estabelecer relações, e portanto diálogos, com outras formas de expressão, com temas ou cenas comuns às obras analisadas, torna-se por vezes cansativo devido à imensidão de referências que David Soares apresenta, numa enchente que ilustra as várias componentes do seu universo mas que não beneficia um livro que se quer de reflexão. E isto por dois motivos. O primeiro, de ordem textual: porque o exagero de referências (que vão de obras literárias a filmes de culto, passando por citações de livros sobre ciências ocultas, misticismo, rituais ou psiquiatria) afoga a eventual linha de reflexão que se
ensaia no início de cada texto, abandonando a sua função estruturante em favor da pluralidade de citações. O segundo, de ordem analítica: um leitor atento (de livros, mas também de quadros, filmes e outras manifestações artísticas) tem, necessariamente, uma bagagem de referências múltiplas e perfeitamente pessoais, embora partilháveis, de que se socorre quando se depara com um livro pela primeira vez, ou quando se depara com um livro que pretende analisar. Ou seja, as referências que David Soares apresenta não são as únicas possíveis, nem sequer as mais esperadas, perante as obras analisadas. São, por outro lado, as
suas referências, as que se arrumam na sua ?bagagem? de leitor atento. Ou seja, se por um lado é interessante conhecermos as ligações que David Soares estabelece entre as obras que analisa e a sua ?bagagem? de leitor, por outro lado essas ligações tornam-se cansativas por se apresentarem, muitas vezes, em catadupa, fazendo perder o lado de reflexão que poderia ter sido mais trabalhado. Principalmente porque a etiqueta ?Ensaio? que se lê na capa perde alguma coisa com esta estratégia analítica. Abandonando as minhas embirrações estruturais (motivadas talvez por um convívio pouco salutar com o meio académico, onde estas coisas de ?Ensaio?, ?Análise? e ?Crítica? se assumem como objectos diferenciados, com regras e motivadores de discussões de vida ou morte), quero dizer que este Sobre BD traz algo de novo ao panorama bedéfilo português como, aliás, João Miguel Lameiras refere no prefácio. E esse ?algo? é facto de se editar um livro que fala de bd do ponto de vista da reflexão pessoal, partindo do universo de um autor, aqui num papel um bocadinho diferente do habitual, de quem conhecemos vários trabalhos e uma certa vontade de indagar sobre as relações da bd com outras artes. Venham mais!
O QUE É UM HOMEM SEXUAL?
O título vai render-nos, certamente, algumas visitas a mais... mas a ideia não era causar sensação e sim anunciar a exposição de ilustrações de Gémeo Luís para o livro assinado por Ilda Taborda. As ilustrações podem ser vistas no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, até ao dia 31 de Julho no seguinte horário: 2ª-6ª: 15-22h; Sábados, Domingos e feriados: 10-20h.

18.6.04

FIM DE SEMANA
É isso... Não contem com posts durante o fim de semana, porque não teremos acesso a nenhum computador que aguente uma ligação à internet. A tecnologia já não é o que era...
O BECO EM PASSEIO PELA FNAC, FUGINDO DA CANÍCULA II
Como cheguei mais tarde, não tive tempo para muitas descobertas. Mas não posso deixar de destacar a edição do catálogo da Ilustrarte 2003 (Ver Para Ler e Instituto Piaget), com capa de Frédérique Bertrand, vencedora do evento. O catálogo inclui o trabalho dos vários ilustradores seleccionados e, apesar do preço, é altamente recomendável.


Ilustração de Frédérique Bertrand
O BECO EM PASSEIO PELA FNAC, FUGINDO DA CANÍCULA
Estava um calor insuportável na Baixa de Lisboa, pelo que um espaço com ar condicionado e muitos livros surgiu como a salvação na terra... No canto da BD, desarrumado como sempre (nomeadamente a secção de portugueses e ?alternativos?), lá se fizeram algumas descobertas. The Iron Vagon, de Jason (a partir de Stein Riverton), da Fantagraphics Books, estava em destaque e muito bem. Para além das restantes qualidades e pontos de interesse, nomeadamente o facto de se apresentar como uma releitura, este Iron Vagon tem um traço aparentemente simples mas cheio de pormenores que é preciso descobrir. A outra descoberta foi mesmo uma descoberta, já que não sabia da sua existência (o que quase me levou à penitência bibliográfica...). Falo de Hergé, de Pierre Assouline, edição de bolso da Gallimard. Trata-se da biografia do autor de Tintim e promete saciar a curiosidade de quantos não prescindem de conhecer todos os factos, reais ou mitológicos, da vida e do trabalho dos seus autores preferidos.

16.6.04

BD NA LER
Já recebi o último número da revista Ler, do Círculo de Leitores, correspondente à Primavera de 2004. Na secção de bd, João Ramalho Santos fala de Persepolis, de Marjane Satrapi, de 32 de Dezembro, de Bilal e do terceiro volume das aventuras de Filipe Seemhs, de António Jorge Gonçalves e Nuno Artur Silva, entre outros livros recentes. Para acompanhar na livraria mais próxima.
BD DE REGRESSO AO CANAL DE LIVROS
Parece que os problemas com o servidor americano já se resolveram, pelo que voltarei às críticas regulares no Canal de Livros, nomeadamente na secção de bd. O Canal de Livros mora aqui e a secção de bd aqui.

15.6.04

NOVO WORKSHOP NO CITEN
Até 30 de Junho:

| Este é o 5º de uma série de 7 workshops independentes, com a duração de
um mês cada, a realizar no CITEN - Centro de Imagem e Técnicas Narrativas.
Agradecemos a divulgação deste e-mail junto das pessoas e/ou entidades
interessadas. |

Inscrições até 30 de Junho no

5º Workshop de Banda Desenhada do
Centro de Imagem e Técnicas Narrativas

Formador: Richard Câmara
Pré-inscrições: ate 30 de Junho
Entrevistas de selecção: 1 de Julho
Data de realização: Julho
Duração: 32h. - 1 mês
Horário: a definir
Participantes: limitado
Propina: 150EUR

Programa do 5º Workshop:
A história do Capuchinho estática (BD e a repetição): Contrariando o
princípio que define a BD como uma sucessão de imagens diferentes entre si,
que por isso mesmo induzem ao movimento, comprovaremos que a sua
transformação, num registo estático de uma repetição de imagens iguais
munidas de texto, serve os mesmos propósitos...

12.6.04

LX COMICS ZINE
A Feira do Livro de Lisboa encerrou na passada quinta-feira e uma das últimas actividades que decorreu foi o lançamento, ainda que informal e pouco anunciado, do fanzine Lx Comics Zine. Este fanzine reúne as várias colaborações dos autores que passaram pelo quiosque da Bedeteca para desenharem uma prancha com a Feira do Livro como pano de fundo. O fanzine já circula por aí, mas aguarda-se com muita expectativa a publicação de um número da colecção Lx Comics, lá mais para a frente. Deixamo-vos a lista dos autores participantes:
David Soares, André Lemos, Rui Gamito, Pedro Zamith, Pepedelrey, Francisco Vidal, Pedro Brito, Francisco Sousa Lobo, José da Fonseca, Paulo Amorim, Richard Câmara, Miguel Rocha, Marcos Farrajota, João Chambel, Pedro Nora e Isabel Carvalho. A capa é de Daniel Silva, um dos visitantes da Feira que aceitou o desafio de participar na elaboração de uma capa para este projecto.
OFICINAS DE VERÃO NO CNBDI
Do Centro Nacional de BD e Imagem da Amadora chega-nos a seguinte notícia, mesmo a calhar para as férias dos mais novos que estão aí à porta:

Ocupar os tempos livres dos jovens e proporcionar conhecimentos na área dos Fanzines, Cinema de Animação e Banda Desenhada, são os objectivos das Oficinas que o CNBDI vai organizar nos meses de Junho e Julho. As inscrições estão abertas e a participação é gratuita

Quanto à primeira oficina, a mesma destina-se a jovens dos 14 aos 20 anos (alunos de escolas secundárias) e terá uma capacidade para 15 a 20 alunos.
Pretende-se com esta acção, dar a conhecer o que são e como são os Fanzines e elaborar vários tipos como por exemplo de Banda Desenhada, Desenho e Escrita.
O plano de trabalho desta Oficina inclui a escolha dos temas, a planificação da forma do Fanzine, elaboração dos trabalhos plásticos e escritos a inserir e a sua forma final e a produção do Fanzine.
Entre os dias 21 de Junho e 2 de Julho (excepto fim-de-semana), das 9.30 às 12.30 horas, o Centro Nacional de BD e Imagem abre as portas aos jovens interessados na área dos Fanzines, numa Oficina orientada por Tiago Gomes, editor de Fanzines.
A segunda Oficina programada para este Verão é a dedicada ao Cinema de Animação que se inicia no dia 22 deste mês e que se prolonga até ao dia 1 de Julho (excepto fim-de-semana), entre as 14.30 e as 17.30 horas. Nesta actividade, cuja formação está a cargo da Associação Ânimo Leve, os jovens, dos 10 aos 17 anos, ficarão a conhecer algumas das regras básicas da representação do movimento, trajectória e ritmo. Na formação serão explicados os fenómenos da persistência retiniana e da ilusão do movimento e os participantes vão exercitar a construção e manipulação de jogos ópticos, trabalhos colectivos de desenho directo sobre película e experiências em diferentes técnicas de animação.
Já no mês de Julho, inicia-se a Oficina de Iniciação à Banda Desenhada, uma das actividades regulares do CNBDI e que mais interesse desperta naqueles que pretendem obter conhecimentos básicos de como se faz uma bd.
Assim, entre os dias 5 e 16 de Julho (somente aos dias úteis) os mais jovens (entre os 12 e os 16 anos) podem contactar com um conjunto de ferramentas da linguagem gráfica que lhes proporcionarão os meios para a construção de uma banda desenhada, desde a ideia original até à sua edição, passando pelo argumento e desenho e à união destes dois elementos.
A presente Oficina realiza-se no período da manhã, entre as 9.30 e as 12.30 horas, estando a formação a cargo de Rui Brito, argumentista e editor das Edições Polvo.
As inscrições para estas Oficinas, que funcionam no CNBDI, estão abertas e a inscrição é gratuita.

10.6.04

cRIcA cLÁSSICA ILUSTRADA



Já circula uma nova edição do projecto que a Chili Com Carne vem desenvolvendo sob a forma de revista/fanzine. Depois de um primeiro número aparentemente apressado e sem uma estrutura muito definida, a CriCa Clássica Ilustrada, parente directa do Mesinha de Cabeceira, chega agora ao segundo número com um equilíbrio visivelmente trabalhado e com um conjunto de trabalhos muito interessante que parte de diferentes técnicas e modos de expressão.
Passemos a alguns destaques. João Chambel abre o número com uma banda desenhada onde a ironia e o humor inteligente marcam presença, para além do traço que já nos habituámos a reconhecer. E esse reconhecimento não é sinal de monotonia; pelo contrário, do ponto de vista gráfico, João Chambel consegue manter a identidade inovando e experimentando recursos e efeitos visuais. Também Pepe del Rey contribui para este número na área da bd, revelando a sua capacidade de explorar modos menos óbvios, e mais interessantes, como mostra o seu trabalho nesta Crica Clássica Ilustrada, de abordar a questão narrativa dentro da bd. Mas no âmbito da bd, e na minha humilde opinião, o trabalho ?Férias em Veneza ? Colecção de Instantes?, de André Ruivo, é a contribuição mais interessante. Entre a polaroid e o registo cinematográfico, André Ruivo apresenta uma galeria de personagens que chega a ser hilariante, mostrando hábitos e manias dos turistas e desconstruindo esteriotipos.
João Fazenda assina um conjunto de ilustrações que se espalham pela revista e onde a intensidade do traço e a carga dramática assumem relevância.
No âmbito do texto, duas contribuições: Rafael Dionísio, com uma paródia muitíssimo séria em torno dos nazis, e Marcos Farrajota com Pedro Moura, assinando uma interessante mistura de texto e imagem que foge à estrutura mais tradicional da bd, e que também não se enquadra na ideia de texto ilustrado.
Tudo bons motivos para encomendar a Crica Clássica Ilustrada directamente a quem a produz ou para passar pela feira de fanzines da Família Alternativa junto à Bedeteca, na Feira do Livro de Lisboa (que acaba hoje à noite).

9.6.04

DANIEL MAIA NA NET
As dificuldades técnicas que nos têm afectado só agora permitiram o acesso ao e-mail. Assim, descobrimos o convite para visitar o site pessoal do Daniel Maia. O link é este e o convite fica feito também aos leitores do Beco.

Entretanto, pedimos desculpa a quem nos escreveu e ficou sem resposta dentro dos limites temporais aceitáveis... Só ontem à noite conseguimos entrar no mail.pt e deitar fora todo o lixo que lá se encontrava antes de chegarmos Às mensagens. Nos próximos dias, tentaremos por a escrita em dia.
PARA LER
Mesmo com dois dias de atraso, aqui fica o link para o habitual artigo de João Miguel Tavares no DN, desta vez sobre os livros da Bichinho de Conto.

7.6.04

BICHOS NO BARREIRO
'Se os bichos se vestissem como gente' é o título de uma exposição de ilustrações de Teresa Lima que está patente ao público desde sábado passado. O local é o Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, onde decorreu a exposição da Ilustrarte, e a exposição pode ser vista até ao dia 25 de Julho no seguinte horário:
2ª-6ª, 15h-22h
Sáb., Dom., Fer., 10h-20h

O FANZINE QUE SERÁ LIVRO?
Ontem passei pela Feira do Livro para saber notícias do fanzine que deveria resultar do trabalho conjunto dos vários autores de bd que foram passando pelo quiosque da Bedeteca e desenhando uma prancha alusiva ao tema da Feira. Devido ao prolongamento da Feira por mais uns dias (até 10 de Junho, mais propriamente), há mais tempo para trabalhar a ideia do fanzine, pelo que ainda não se sabe se o resultado final não passará por uma edição na colecção LX Comics, da Bedeteca. Enquanto esperamos para saber, devo dizer que o resultado será sempre muito interessante, já que as pranchas que foram sendo feitas são, na sua maioria, muito interessantes sob vários pontos de vista. Antes de qualquer outra coisa, pelo carácter de exercício narrativo e imagético, com tema definido e tempo delimitado, mas também pelo modo criativo como os autores lidaram com essas condicionantes, muitas vezes fugindo mas sempre cumprindo o objectivo inicial. Depois, pelo humor de algumas histórias, como a de Pedro Brito, e pelo modo como o espaço da Feira e os hábitos, manias e ritmos dos seus frequentadores foram vistos e recriados sob múltiplos pontos de vista: aqui impõem-se alguns destaques, como os flashes de Pepe del Rey, e a boa disposição voyerista de Richard Câmara, a poesia verbal e do traço de Francisco Sousa Lobo, universo de David Soares, jogando com coincidências e desígnios celestiais ou a leveza do traço de Miguel Rocha, como sempre capaz de agarrar na aparente simplicidade de uma mancha, usando-a como matéria prima de histórias e mundos onde apetece permanecer.
Agora resta esperar pelo fanzine e pelo LX Comics, já que todos (nomeadamente os leitores) teriam a ganhar com a edição dupla, para ver o resultado final em formato mais manuseável do que o enorme dossier com os originais que simpaticamente me deixaram espreitar antes de fazer este texto.



QUADRADO 6



Numa das actividades do último fim de semana da Feira do Livro de Lisboa, decorreu o lançamento do número 6 da revista Quadrado, editada pela Bedeteca de Lisboa (para além do lançamento último número do Satélite Internacional, que ainda não vi, e da apresentação de Sobre BD, de David Soares, de que falarei em breve).
A revista abre com uma entrevista a Joe Sacco, autor de Palestina, recentemente editado entre nós, onde o humor e a diversidade de interesses e curiosidades são a nota dominante. Sacco fala do processo de realização de Palestina, desde as visitas aos campos de refugiados até à arte final, já na solidão do seu estúdio. Fala também de jornalismo, dos diferentes modos e posturas quando se trata de mostrar uma realidade distante e pouco agradável, de música e de outros projectos.
Segue-se uma série de textos, entre pequenas recensões, um balanço do ano editorial de 2003, uma resenha sobre antologias e uma apresentação da cena bedéfila da Finlândia, país que marca presença neste número 6.
Na segunda parte, já fora dos textos e da crítica, publicam-se dezoito bd?s de autores tão diversos como Filipe Abranches, Anke Feutchtenberger ou Markus Huber. Destaque para a bd de José Manuel Saraiva, ?Fátima Perdeu o Rosto?, cuja narrativa se caracteriza por uma linguagem poética onde os sentidos se multiplicam e que se constrói na perfeita simbiose entre a imagem e o escasso texto.
Mas o mais interessante desta Quadrado é o facto de se começar a perceber de um modo muito claro que as actividades da Bedeteca começam a saltar fronteiras de um modo já visível ao público em geral, revelando-se aqui os frutos de um trabalho como o Salão Lisboa, onde a presença de autores estrangeiros permite um intercâmbio que só pode trazer benefícios. A título de exemplo, veja-se o volume colectivo Nós Somos os Mouros, editado pela Assírio e Alvim na sequência do último Salão Lisboa, ou a popularidade que uma autora como Anke Feutchtenberger alcançou por aqui nos últimos tempos. Conhecendo muito pouco do que se faz na Finlândia em termos de bd, devo dizer que este número da Quadrado abre as portas para contrariar esse desconhecimento ao mesmo tempo que me leva a crer que a ?internacionalização? do trabalho que a Bedeteca tem desenvolvido terá muito a ver com o crescimento da bd em Portugal e com a divulgação de autores e estilos que, de outro modo, nos passariam muito ao lado, confinando-nos ao já se há muito conhecido, por bom que seja. Tudo bons motivos para comprar a Quadrado, algures numa livraria ou no quiosque da Feira do Livro até ao dia 10 de Junho.
Falta dizer que a capa e a contracapa, bem como os respectivos versos, têm a assinatura de André Ruivo e fazem deste o número mais atraente de todas as Quadrados, isto para quem se guia por capas...

5.6.04

NOVO LIVRO DE RICHARD CÂMARA
Depois de alguma luta com o mail.pt, lá conseguimos abrir a caixa do correio e descobrimos a notícia:
A LUA ENSONADA (colecção Montanha Encantada da EVEREST Editora, Março
2004)
(36 pág. a cores a partir de um texto de Elsa Serra).
A lua adormeceu cedo demais e apagou a noite. O mundo ficou virado do
avesso! Era preciso agir depressa e o gato Baltazar não perdeu tempo:
correu a avisar os cientistas para que descobrissem as causas de tamanho
mistério. Como será que eles resolveram o problema?...
FEIRA DO LIVRO DE LISBOA
Hoje, a partir das 21h30, a Feira do Livro de LIsboa será palco de várias iniciativas relacionadas com a banda desenhada. As actividades começam com o lançamento do livro Sobre BD, de David Soares, e das revistas Satélite Internacional #4 e Quadrado #6. Segue-se um debate subordinado ao tema 'Sobre BD, conteúdos, corpos, composições'. com a participação de David Soares, João Botelho e Pedro Zamith e com moderação de Domingos Isabelinho.
Sobre o livro de David Soares, que já tive oportunidade de ler, teremos aqui uma nota crítica daqui a uns dias. O mesmo acontecerá com a Quadrado, cujo número 6 inclui várias colaborações oriundas da cena bedéfila da Finlândia, bem como uma entrevista com Joe Sacco e vários outros trabalhos e textos que importa não perder.

3.6.04

A CASA DA MOSCA FOSCA
Esta crítica destina-se ao canal de livros, mas como o servidor do site não anda bom, resolvi publicá-la aqui antecipadamente. Quando o canal de livros voltar ao normal, republicá-la-ei lá, na secção infantil.

A CASA DA MOSCA FOSCA
Eva Mejuto e Sergio Mora
Kalandraka: Lisboa, 2004



O recurso ao vasto manancial de lendas e contos tradicionais de todas as nacionalidades tem sido um importante ponto de partida para a edição de livros destinados ao público infantil e juvenil, nem sempre com resultados muito possitivos no que à transposição desses universos para o nosso diz respeito, mas contribuindo decisivamente para o conhecimento do património etnográfico e antropológico de cada um de nós. A Casa da Mosca Fosca, editado pela Kalandraka, é o resultado da adaptação de um conto russo, feita por Eva Mejuto, tendo como destinatários o público infantil e os cada vez mais apreciadores de bons livros infanto-juvenis, independentemente da idade. No universo da fábula, jogando com as características dos diferentes animais da floresta e com a presença do jogo de números tão característico de inúmeras lendas do mundo inteiro, A Casa da Mosca Fosca conta o episódio de uma refeição que começa solitária e acaba com sete convivas, um apelativo bolo de amora e um visitante algo inesperado. Inesperado é também o final, o que só convém ao suspense criado pela lengalenga que sustenta a chegada dos convivas.
As ilustrações, marcadas pelas cores fortes e pela vivacidade das cenas que representam, quebram a rigidez de algumas visões, invertendo ângulos e criando pormenores acessíveis apenas aos que têm na imaginação uma característica essencial de qualquer bom livro infantil. Há muito que a Kalandraka vem afirmando a importância de quebrar barreiras no que à ilustração mais tradicional diz respeito, nomeadamente quando este tradicionalismo se relaciona directamente com pobreza visual e com a ideia de que os mais novos gostam de imagens básicas e sem muito pormenor. O trabalho de Sergio Mora em torno da Mosca Fosca vem mostrar precisamente o contrário, com uma personagem capaz de conquistar a simpatia dos leitores e com um conjunto pictórico que permite a recriação de outras histórias para além desta, factor muito relevante quando os destinatários do livro podem ser crianças a quem a leitura integral de uma narrativa, mesmo que pequena, ainda não prende a atenção, surgindo como mais atraente a ideia de inventar histórias ou cenas a partir das imagens a que se tem acesso. Esta mosca permite essas e outras incursões, pelo que se recomenda uma ida à sua casa o mais brevemente que for possível.


PS: agradeço à minha prima a simpática cedÊncia do computador sem o qual não teria sido possível actualizar este blog.
COMPRAS
A carteira não anda famosa, mas no Parque Eduardo Sétimo há livrinhos de bd a troco de algumas moedas. Aqui fica a lista dos que comprei, todos com um atraso considerável, mas sempre muito a tempo:
- Dédalo, de Miguel Rocha (Polvo, 1999). Já o andava a namorar há uns anos, desde que o descobri num Festival da Amadora, ainda na velha (e saudosa!) Fábrica da Cultura. Como é hábito, narrativa e imagem mostram-se em coerente fusão, mas foi o traço, a preto e branco e com a marca indelével do autor, que me fez começar a perseguir Dédalo algures em 1999. Terminou a demanda, pois.
- Yaylalar, de Alain Corbel (Polvo, 2000). O fascínio do Mediterrâneo e das terras longas e silenciosas do sul, onde por vezes nos surpreende o contorno de uma figura, depois muitas, e depois o ruído agradável do convívio em torno de uma garrafa de vinho e de alguns pedaços de queijo. E o tempo sem nunca se modificar, mesmo quando leva consigo os ossos e as falas , deixando sempre intocáveis histórias e luz. O resto é o génio de Alain Corbel no seu traço e o modo suave e sempre marcante como cria as suas histórias.
- Lisboa 24h00, vários autores (Bedeteca/Lx Comics, 2000). David Soares, Nuno Fisteus, João Chambel, Isabel Carvalho, Pedro Nora, Miguel Falcato e Vespa são os responsáveis pelas cinco narrativas que compõem este livro, abarcando quase todas as horas de um longo dia em Lisboa. São cinco leituras diferentes de uma cidade que, às vezes, parece comer o tempo com uma voracidade difícil de suportar. Outras vezes é apenas uma cidade luminosa com muitos espaços de sombra, esquinas pontiagudas e recantos onde observar o movimento das horas é uma boa forma de conhecer o mundo.
- 16-1, de Filipe Abranches (Polvo, 1998). Outro fascínio antigo, este 16-1 (devendo o tracinho ser lido como uma seta, coisa que não consigo escrever no processador do blogger) junta uma narrativa capaz de despoletar reflexões e algumas digressões a um traço ágil, que constrói movimentos inusitados e recria constantemente a sensação da paisagem seca e da vinheta como centro de todos os universos.
Todos livros muito recomendáveis, portanto, e acessíveis mesmo às bolsas mais desguarnecidas. Paragem obrigatória no quiosque da Bedeteca, para as compras e para o resto, e nos pavilhões da Assírio e Alvim, que tem os Primata Comix da Polvo a preço de saldo.
BD NA FEIRA
Tenho passado pela Feira do Livro de Lisboa com bastante regularidade e posso dizer que as actividades ligadas à banda desenhada têm estado em alta. Como já aqui disse há uns dias, a Bedeteca está a dinamizar a realização de um fanzine que conta com a participação de vários autores portugueses. Cada autor desenha uma prancha com uma história em torno dos livros e da Feira e, no final, sairá o fanzine com todas as histórias. A ideia parece muito interessante, bem como a hipótese de espreitarmos o trabalho dos autores ao vivo. Anteontem esteve lá o Richard Câmara (ainda não foi desta que conversámos...mas fica prometido para breve), ontem o Miguel Rocha e hoje será a vez do Marcos Farrajota.
Por falar no Marcos, com quem me tenho cruzado em quase todas as subidas e descidas da Feira, está para breve uma crítica ao número dois da Canibal Crica Ilustrada, que já circula por bancas de livrarias e feiras de fanzines. E por falar em feiras de fanzines, a Família Alternativa, conjunto mais ou menos informal de editores de fanzines e publicações similares, tem marcado presença junto ao quiosque da Bedeteca com uma venda muito recomendável: Bíblia, Zundap, a velha Besta Quadrada e outras preciosidades do agitado mundo dos fanzines estão lá à espera de quem os queira comprar ou ler, entre dois dedos de conversa com o Marcos, com o Tiago Gomes, ou com quem estiver de serviço à banca central... Já agora, espreitem a experiência de um conjunto de alunos de Belas Artes, onde bd e fotografia se cruzam num voluminho pequeno e muito recomendável...excepto aos mais sensíveis a cortes de membros e outras amputações. Mas vale a pena, mesmo com alguns arrepios.
ISTO VAI DE MAL A PIOR...
Dois amigos que se entendem com estes bichos informáticos conseguiram arranjar-me o computador. MAs continuo sem net, parece que por causa do antivírus. Ou seja, tudo na mesma e o BEco a um ritmo pouco entusiasmado por causa de chips e microchips.