30.9.03

E O VENCEDOR É...
"ILUSTRARTE é uma oportunidade de reunir no Barreiro ilustradores de livros para a infância, originais de ilustração, editores, coleccionadores e, é claro, leitores, qualquer que seja a sua idade. São bem vindos autores de todas as nacionalidades, principiantes ou consagrados.
De dois em dois anos, o prémio ILUSTRARTE pretende celebrar a arte de ilustrar para a infância revelando novas obras e novos autores."


Frédérique Bertrand, ilustradora francesa, foi a grande vencedora do prémio Ilustrarte - Bienal Internacional de Ilustração para a Infância 2003. Foram atribuídas menções especiais a José Manuel Saraiva (Portugal), Chiara Carrer (Itália) e Katja Gehrmann (Alemanha). Para a exposição a inaugurar no dia 1 de Novembro, no Auditório Augusto Cabrita, foram ainda seleccionados trabalhos de 50 artistas.

Uma parte importante do trabalho de Frédérique Bertrand vai sendo publicado nas belíssimas Éditions du Rouergue (de que falaremos um dia destes).

Aqui ficam alguns dos seus trabalhos.

PONTO DE ORDEM
Desde que o Beco se ausentou por uns dias, as novidades no mundo da bd multiplicaram-se. Logo na viagem de comboio, ainda na quinta-feira, lemos aqui que José Carlos Fernandes vai receber o prémio Melhor Álbum de BD Portuguesa do Festival Internacional da Amadora. O livro que motivou o prémio, atribuído pelo segundo ano consecutivo, é o segundo volume da série A Pior Banda do Mundo, O Museu Nacional do Acessório e do Irrelevante, de que já falei aqui.



Entretanto, também André Carrilho (Em Lume Brando, Polvo) e Arlindo Fagundes (A Rapariga do Poço da Morte, Caminho) serão premiados, o primeiro pelo desenho e o segundo pelo argumento. José Bandeira (Namoros, Casamentos e Outros Desencontros, Gradiva) venceu na categoria de tiras cómicas, Marina Palácio (O Circo da Lua, Difel) na de ilustração infantil e o espectacular Sin City, de Frank Miller inaugurou a categoria de Melhor Clássico da Nona Arte. Por fim, Vincent e Van Gogh, de Gradimir Smudja (Witloof) venceu a categoria de Melhor Álbum Estrangeiro.

A partir de 17 de Outubro, lá estaremos na Amadora (infelizmente, não na saudosa, espaçosa e polivalente Fábrica da Cultura...), onde estarão também Quino, Maurício de Sousa, Miguelanxo Prado, Carlos Trillo, Sandrine Revel, Melinda Gebbie, Milo Manara (a confirmar) e a dupla Mónica e Bea. Mais informações sobre a programação do Festival estarão disponíveis brevemente, mas o João Miguel Tavares deixa umas pistas aqui.

Nestes dias houve também novidades na área da ilustração. Suponho que a Sílvia falará disso daqui a nada? Aguardemos!
SABOTAGEM!!! Já cá estou desde ontem, mas a netcabo não me deixa fazer nada! Limita-se a acender umas luzinhas tipo starwars e a ligação nem vê-la. E isto apesar de a menina do apoio ao cliente jurar a pés juntos que está tudo bem com a minha ligação, que ela não vê nada de estranho no seu computador... E eu a explicar-lhe que não tenho internet. E ela a dizer que não pode ser. E eu a passar-me. E ela a mandar-me desligar e ligar os cabos todos não sei quantas vezes. E eu a perder a paciência e a pensar que bom que era fazer um jornal de BD em vez de estar dependente de fios para isto.
Volto mais logo, mais calma, esperando que a netcabo me deixe colocar online alguma coisa interessante.

24.9.03

TABARD - REPELENTE CONTRA TODOS OS INSECTOS
As falhas que a net e o blogger nos têm "oferecido" nas últimas horas não permitiram colocar on-line algumas coisas que tínhamos preparadas. Assim vai ter de ficar para a semana... É que amanhã o Beco parte para uns dias no meio da natureza (e se calhar dos mosquitos!), para retemperar as forças. Voltamos na segunda-feira.
Até lá! Bom fim de semana.


Ilustração de Harald Siepermann

23.9.03

JAZZ E BD
Já tínhamos lido no Público, agora é o DN, por isso não podemos deixar para mais tarde. Já chegaram a Portugal, via importação, os livros da colecção BD Jazz, da editora francesa Nocturne. No DN de ontem, o João Miguel Tavares publicou um artigo sobre o assunto, do qual copiamos um excerto. Mas leiam-no todo aqui ou aqui, que vale muito a pena.

QUANDO O JAZZ ENCONTRA A BD

João Miguel Tavares

O fascínio pelo jazz é um dos estranhos mistérios da banda desenhada. É assim como o papel do apêndice no nosso corpo: ninguém consegue explicar por que razão ele existe, mas não se pode duvidar que esteja lá. No caso da BD, para além de um aspecto puramente biográfico - boa parte dos autores é apreciador, se não fanático, de jazz, há uma vasta bibliografia a comprovar o interesse da Nona Arte pelo género musical, seja através de referências passageiras em livros, seja através de obras completas dedicadas a figuras maiores do jazz.

Consciente desta comunhão de interesses, a editora francesa Nocturne decidiu-se lançar num projecto arrojado: a criação da colecção BD Jazz, onde a um conjunto de compilações de alguns dos maiores nomes do jazz se anexa uma história de banda desenhada de 16 páginas (em francês). Assim, enquanto Billie Holiday nos confessa ao ouvido I Love My Man, os nossos olhos podem entreter-se com o episódio, levemente alcoólico, que Claire Braud criou de propósito para a caixa de Lady Day; ou então podemos desfrutar da bem humorada análise que Michel Conversin produziu a propósito de Erroll Garner, enquanto o seu piano nos fala de Laura.

Para já foi lançado um primeiro conjunto de dez caixas, que a Som Livre está a distribuir entre nós, onde se inclui: Nat King Cole, Louis Armstrong, Sidney Bechet, Billie Holiday, Dizzy Gillespie, Ella Fitzgerald, Erroll Garner, Lester Young, Charlie Parker e Django Reinhardt. Mas para breve já está prevista a edição de mais uma dezena de compilações, onde deverão comparecer Anita O'Day, Stan Getz, Oscar Peterson, Frank Sinatra, Ray Charles, Art Tatum, Duke Ellington, Count Basie, Glenn Miller e Miles Davis. Aliás, é intenção da editora abrir esta colecção a outros géneros musicais, de forma a realizar uma discoteca/bedeteca de várias músicas do século XX.


Para mais informações, podem espreitar o destaque na página da própria editora, aqui.



E por falar em Jazz e BD, parece que o próximo álbum da série "A Pior Banda do Mundo", de José Carlos Fernandes, está quase a chegar às livrarias...

22.9.03

ILUSTRAÇÃO, COMIX E ANIMAÇÃO Hendrik Dorgathen nasceu em 1957, em Mülheim an der Ruhr, na Alemanha, onde vive e trabalha. Estudou Design e Comunicação na Universidade de Essen na Gesamthochschule. Tem diversos trabalhos publicados, entre os quais Postcartoons, 1989 (o seu primeiro trabalho); Spacedog, 1993 e Wal im Netz, 1996.
O seu magnífico trabalho pode ser apreciado em www.dorgathen.de



SUSPIRO ZAZIEANO...
Na Janela Indiscreta, Zazie deixou uma questão no ar: "Quem é que se lembra de Reiser?" Para quem não se lembra, pegamos no desabafo da Zazie e deixamos aqui uma pequena biografia, aproveitando para publicitar um site muito útil para os amantes da bd. Trata-se do site Bedetheque.com, onde é possível pesquisar dados biográficos e sobre a obra dos mais variados autores de bd.

Reiser, Jean-Marc 940
Scénariste Dessinateur
Né le 13/04/1941 en France
Décédé le 05/11/1983
Auteur consulté 230 fois


Né à Réhon (Meurthe-et-Moselle) le 13 avril 1941, mort à Paris le 5 novembre 1983.

Les premiers dessins humoristiques de Reiser paraissent en 1959 et il participe dès l?année suivante au lancement d?Hara-kiri, étendant naturellement sa collaboration aux autres publications des éditions du Square : Charlie hebdo, Charlie mensuel, BD, sans oublier le magazine écologiste La Gueule ouverte. À la fin des années soixante, il intègre l?équipe de Pilote, d?abord comme scénariste puis comme dessinateur. Reiser travaille aussi ponctuellement pour la presse d?information (Le Monde, Le Nouvel Observateur?). Associé à Coluche, il conçoit pour L?Écho des savanes la série des Sales blagues, qui sera reprise après sa mort par Vuillemin. Albin Michel publie depuis 1994 une collection anthologique intitulée Les Années Reiser.




Para a Zazie, um abraço aqui do Beco.

21.9.03

NOVA BD GALEGA
No início do próximo mês começam as XV Jornadas de Banda Desenhada de Ourense - Galiza. A propósito daquele que é já um dos mais importantes eventos anuais de bd da Península, deixamos aqui uma entrevista com Alberto Vázquez, a mais recente promessa da bd galega, co-autor (com Kike Benlloch) do álbum Freda, a ser apresentado em Ourense.



Na próxima viagem a Santiago, procuraremos saber como evoluiu, no último ano, a "cena" galega de bd e ilustração. Até lá, aqui fica a entrevista com um dos "novos".


Pg.17 de Freda, Edicions de Ponent

19.9.03

O PRIMEIRO TINTIM NO PÚBLICO
Aviso para os mais distraídos: o Público de hoje oferece o livro Rumo à lua, um dos muitos em que Hergé deu vida à incontornável personagem de Tintim. A partir de agora, os restantes serão pagos e sairão sempre às sextas-feiras.



Aqui ficam as palavras de Hergé sobre este Rumo à Lua (retiradas da página 43 do Público de hoje):

O que eu fiz foi apenas 'romancear' livros que já existiam, em particular 'A Astronáutica', de Alexandre Ananoff. Li muito antes de me lançar nesta história e ainda disponho de uma pequena biblioteca consagrada a este tema. A maqueta do foguetão lunar foi construída minuciosamente e submetida à aprovação do próprio Ananoff, tendo-me deslocado expressamente a Paris para lha mostrar. Eu queria que Bob de Moor [colaborador de Hergé e, também ele, autor de BD] soubesse exactamente, no momento de a desenhar, em que lugar do veículo espacial se encontrava cada um dos personagens. Era essencial que cada pormenor estivesse no seu lugar, que tudo estivesse perfeitamente afinado: a iniciativa era demasiado perigosa para que eu me metesse nela sem garantias. Era um assunto 'quebra-cabeças': eu podia apresentar animais monstruosos, seres incríveis, criaturas de duas cabeças e espalhar-me... Por isso, optei por tomar todas as precauções: nada de selenitas, nada de monstros, nada de surpresas fabulosas!... É também por este motivo que nunca mais farei nenhum álbum deste género: que querem que aconteça em Marte ou Vénus? Para mim, a viagem interplanetária é um assunto vazio de conteúdo."

("Entretiens avec Hergé", de Numa Sadoul, Éditions Casterman)

Copyright: © 2003 Público ; Hergé


Na edição on-line, nesta secção, pode ler-se também um artigo de Carlos Pessoa sobre a incursão de Hergé pela lua.

17.9.03

AUTOR DE CULTO Edward Gorey nasceu em 1925, em Chicago. Com apenas cinco anos já tinha lido Drácula e Alice no País das Maravilhas. Em 1953 decide ir para Nova Iorque, levando consigo a sua colecção pessoal de fotografias de bebés mortos à nascença, e começa a trabalhar como ilustrador de livros para a editora Doubleday/Anchor até 1960.

O seu primeiro livro, The Unstrung Harp, data precisamente de 1953. Desde então publicou inúmeros livros, sendo que na maior parte deles foi autor e ilustrador e noutros apenas ilustrador. Alguns dos seus livros são verdadeiras obras de culto como é o caso das antologias Amphigorey, as adaptações de Alphonse Allais ou Saki.
Apesar de tantas publicações, Edward Gorey ficou especialmente conhecido pelo seus desenhos usados no programa de televisão Mystery



Muitos autores de bd, encenadores, músicos e coreógrafos encantam-se pelo seu mundo misterioso, mórbido, insólito, enigmático, obscuro, cheio de humor e absolutamente genial. É o caso de Tim Burton , Richard Sala, e Dame Darcy.
Em 1986 muda-se para Cape Cod, onde acaba por falecer, em Abril de 2000, com 75 anos. A sua casa é hoje, em dia, um museu.

O último livro publicado no mercado português, Quatro Estórias, pela Errata, reúne quatro obras originais de Gorey: O Casal Execrável (1977), O Hóspede Suspeito (1957), A Bicicleta Epipléctica (1969), um dos seus títulos mais populares, e A Visita Relembrada (1965).

Deixamos aqui alguns links interessantes sobre o seu trabalho:

The Works of Edward Gorey

Edward Gorey Bibliography web site

The Gashlycrumb Tinies










CRÓNICA INESPERADA
Há coisas a que nunca pensámos assistir. No meu caso, a agradável surpresa deu-se com a leitura nocturna do Público diário. Foi então que vi Eduardo Prado Coelho partilhando a página com o repórter...Tintim! Eu sei que é uma operação de marketing, mas gostei de ver. Infelizmente, parece que a edição on-line não reproduziu a brincadeira
LOUSTAL
Esta foi uma das aquisições permitidas pelos saldos, fenómeno que, felizmente, já se instalou para além das lojas de roupa (os livros escusavam era de ser colocados ao monte, atirados uns para cima dos outros como se de calças de ganga se tratassem… mas enfim, não quero voltar a repetir estas mágoas livrescas tantas vezes aqui carpidas).



Em Viviane, Simone et les autres, Loustal expõe uma certa decadência associada ao mundo do cinema e dos seus apreciadores, deixando claro que as histórias mais capazes de nos fazerem imaginar outras histórias, vidas inteiras, podem criar-se a partir da desilusão, da frieza de todos os percursos sem sonhos ou com os sonhos feitos em cacos. “Cheap Heroes”, a primeira de duas histórias, é apenas um desfile de personagens que se equilibram entre os falhados conscientes e os falhados que se julgam heróis. A aparente inexistência de uma narrativa é vencida pelas infinitas possibilidades de estabelecer laços entre a história de cada uma das personagens, todas unidas pela falência de qualquer futuro passível de lhes mudar a vida. Nesta espécie de galeria de polaroids, Loustal revela a sua já conhecida capacidade de criar densidade narrativa apenas a partir da criação dos personagens.



Na segunda história, “Les Cafards”, a paranóia assume-se como desencadeadora desse futuro garantidamente decadente que marca os personagens de todo o livro. Aliás, o futuro (ou o no future, termo relativamente apropriado neste caso) é traçado logo desde o título pelo seu sentido múltiplo: cafard- ‘barata’ (o insecto que tanto transtorna Rémi), mas também ‘hipócrita’ e, acima de tudo, ‘desânimo’, esse esmorecimento que Loustal transforma em kitsch glamouroso num livro irresistível.



Edição da Futoropolis, Paris, 1985

16.9.03

SUPERFUZZ Para quem acompanha as novidades musicais, terça-feira é dia de Blitz. Mas nem só de música vive o único semanário português dedicado ao tema... todas as terças feiras o Blitz apresenta uma página dedicada à banda desenhada onde, para além de duas pequenas recensões (muitas vezes a livros ou publicações pouco divulgadas por cá), encontramos as histórias hilariantes de Esgar Acelerado e Rui Ricardo: Superfuzz. Algumas podem ser vistas no site do jornal, neste link.
Para conhecer melhor o trabalho dos autores, aqui fica um site indispensável, que inclui bd's e ilustrações para o Blitz e para outras publicações e actividades.



14.9.03

TINTIM EM ATRASO A notícia vem com um dia de atraso, porque ontem a leitura do Público aconteceu tarde e a más horas. A partir da próxima sexta-feira, por mais 4 euros, quem comprar o Público leva para casa um álbum de Hergé com as aventuras de Tintim. São 24 livros, a começar com a oferta do primeiro volume desta edição, "Rumo à Lua", no dia 19 de Setembro. Ideal para quem quer completar a colecção (a mim falta-me uns quantos...) ou mesmo iniciar-se no mundo de um dos heróis mais considerados da história da banda desenhada.

13.9.03

BIZARRIAS O número de Agosto da Mondo Bizarre já se encontra espalhado por alguns bares de Lisboa e, supomos, por vários outros sítios. Nós encontrámo-lo ontem, no Agito, e pareceu-nos interessante divulgá-lo aqui na medida em que, para além do resto, incluí uma secção com recensões críticas a várias novidades editoriais de banda desenhada. Depois há música, muita música espalhada por diversos artigos, entrevistas e críticas (Cabaret Voltaire, More República Masónica, Manic Street Preachers, etc...). Para os apreciadores, como nós, há uma "prenda" especial: uma entrevista com os Tindersticks em torno do seu novo álbum.



Procurem-na pelos bares... Caso não encontrem, há sempre a versão on-line aqui.

12.9.03

CRISTINA VALADAS Nasceu, estudou, vive e trabalha no Porto. Dedica-se à pintura e à ilustração infantil. Publicou vários livros, dos quais destacamos Poemas com asas e Herbário, ambos com texto de Jorge Sousa Braga, publicados na Assírio & Alvim.
Deixamos aqui o seu site para apreciarem e conhecerem melhor o seu trabalho.


Ilustração para Contos da China Antiga, de José Jorge Letria
(Edição: ÂMBAR)

11.9.03

O BRASIL CHEGOU AO BECO...OU O BECO CHEGOU AO BRASIL!
Já sabíamos que do Brasil vinha uma parte considerável dos leitores do Beco. Mas o mail que recebemos hoje faz-nos pensar na hipótese de levar o intercâmbio para diante, incentivando a participação dos que, do lado de lá do Atlântico, trabalham com bd e ilustração ou têm por essas áreas o mesmo interesse que nós. Quem nos escreveu foi Maxx Figueiredo, autor de banda desenhada e de crónicas gráficas de cujo trabalho deixamos uma amostra mais abaixo. Maxx convida-nos a iniciar uma troca de ideias, coisa rara nos dias que correm, e ainda se mostra interessado em colaborar connosco.
Envia-nos também um "presente", uma ilustração belíssima que não podemos colocar on-line porque as nossas competências técnico-informáticas são pequenas...
Estamos, obviamente, receptivas a colaborações como esta. Maxx, todos os textos, notícias e links que quiseres enviar sobre o tema bd/ilustração terão espaço neste blog. Quanto a imagens, só conseguimos colocar on-line as que estiverem já alojadas nalguma página web. Se essa condição se verificar, basta que envies o endereço da imagem. Neste Beco cabe muita gente e as casas ainda estão quase todas por ocupar... Venham daí essas colaborações, transatlânticas, nacionais e de qualquer outro ponto do globo!






Jornalismo Dromocrático, de Maxx Figueiredo. Mais informações aqui.

10.9.03

WEIRDOUG Doug Boehm, ilustrador e designer gráfico, colabora em diversas publicações desde a Playboy Magazine, a The Village Voice.
Weirdoug é o nome do seu site oficial, que vale a pena visitar.
Deixamos aqui algumas ilustrações que não se encontram no site.






9.9.03

FANZINE PORTUGUÊS ON-LINE
Neste endereço encontra-se o Nimbus, cuja apresentação segue daqui a umas linhas, em itálico. Aqui podem descobrir-se periodicamente trabalhos inéditos nas áreas da bd, ilustração e cartoon, assinados por autores ainda por conhecer. O destaque vai para a secção de bd (a de ilustração deixa um pouco a desejar...) e o elogio vai para a própria ideia de colocar on-line trabalhos desconhecidos, deixando este Nimbus funcionar como potencial "expositor" de novos autores.

É com muito orgulho que apresentamos o site "Nimbus".
Aqui irá encontrar trabalhos realizados por um grupo de jovens que partilham um gosto especial pela 9ª Arte:
A Banda Desenhada.
Porém, irá encontrar aqui mais do que isso. Além de Banda Desenhada, temos trabalhos nas seguintes áreas:
Ilustração, Caricatura, Cartoon e Narrativa. Haverá também actualizações periódicas.
Aceitaremos, com muito gosto, a participação de novos membros, com trabalhos que se integrem dentro deste contexto, através do Email: nimbusonline@sapo.pt

Apreciem

A Gerência


Da secção "Esquisso" (e não "Esquiço", como está escrito...) retirámos esta imagem:


8.9.03

NÃO É A DICA DA SEMANA*, MAS PODIA SER... Os saldos da Fnac devem estar mesmo no fim, mas se calhar ainda vão a tempo de ter a mesma sorte que eu e encontrar este livro fabuloso



na Fnac do Colombo, por dois euros e meio. Repito: dois euros e meio. Depois de meses a rondá-lo, para ver se o preço proibitivo ainda era o mesmo, fui dar com ele no meio de um caos de livros vários, numa daquelas estantes portáteis onde costumam estar os calendários. Passem por lá e pode ser que ainda encontrem um!

* A "DICA DA SEMANA" é um trocadilho exclusivo para habitantes dos subúrbios, premiados com esta belíssima publicação semanal na sua caixa do correio. Ou os citadinos também têm disto? Agora fiquei curiosa...
A REFERÊNCIA DA BEDETECA Já ia sair da net quando fiz a habitual viagem diária ao site da Bedeteca, descobrindo a referência ao Beco e a outros dois blogs ligados à bd e à ilustração. Aqui ficam os agradecimentos à Bedeteca e os links para os outros blogs citados: Devil Dance e Crime-Creme.
O REGRESSO E A ESCRITA EM DIA Regresso ao Beco depois de uns dias de ausência. Para além de alguns problemas informáticos, o silêncio deveu-se à partida de uma amiga especial, com quatro patas e um pêlo invejável, que nos deixou para se dirigir ao tal céu dos animais de que falaram há uns tempos os Marretas.



Para a escrita ficar em dia, lembro a coluna de Umberto Eco no Diário de Notícias que foi, este Sábado, dedicada à banda desenhada. O link fica aqui (não sei durante quanto tempo). No Diário de Notícias de hoje, João Miguel Tavares escreve sobre a edição portuguesa de Sambre, num artigo para ler aqui.

Nos próximos dias haverá leituras (ainda os saldos da Fnac) e comentários, bem como uma actualização dos blogs que estão como link.

7.9.03

MAIS UM ILUSTRADOR Pierre Pratt nasceu em 1962 no Canadá. Tem mais de 50 livros ilustrados e ganhou vários prémios em diversos países. A revista gráfica Communication Arts, escolheu O homem que engoliu a lua, o seu primeiro trabalho em Portugal (editado pela Ambar, com texto de Mário de Carvalho), para figurar com cinco imagens na Illustration Annual do corrente ano.
Deixamos um pequenino exemplo do seu trabalho.

5.9.03

CAPUCHINHO VERMELHO, SÉCULO XXI
Richard Câmara é o autor de uma nova leitura do Capuchinho Vermelho, editada recentemente pela Polvo e já disponível nas livrarias. Com o traço aparentemente simples que caracteriza o trabalho do autor, O Capuchinho Vermelho na versão que as crianças mais gostam!é fiel aos traços fundamentais da história da menina que leva o cesto à avozinha, tropeçando num inesperado lobo pelo caminho.
O autor consegue recriar a velha história, apresentando uma leitura que se destaca pela visão, adaptada aos dias de hoje, de alguns pormenores (por exemplo, a avozinha e o seu batom vermelho choque, ou a presença de um telemóvel numa das cenas mais empolgantes) e principalmente pela capacidade de experimentação narrativa. Richard Câmara aplica à linguagem da banda desenhada algumas técnicas habituais do cinema e da literatura, propondo uma leitura do tradicional ?Capuchinho Vermelho? a partir dos pontos de vista dos seus quatro intervenientes principais, lobo, Capuchinho, avozinha e caçador. Esta pluralidade é garantida pela simultaneidade das quatro visões, cada uma ocupando um quarto da prancha.
O Capuchinho Vermelho na versão que as crianças mais gostam! é, por isso e pela capacidade inovadora do autor, bem como pela coerência que este trabalho assume relativamente ao trabalho passado, um livro a ter necessariamente em conta, sendo o seu experimentalismo bem sucedido a característica responsável pelo facto de poder ser um dos livros revelação do ano no que aos quadradinhos portugueses diz respeito.

Infelizmente, não temos nenhuma imagem disponível.

4.9.03

O TEMPO QUE NÃO ABRANDA... Hoje tinha planeado escrever sobre a versão do Capuchinho Vermelho que Richard Câmara acaba de publicar, através das edições Polvo. O livro está lido, as notas estão tiradas e a recomendação é máxima. Mas o tempo, hoje, está a passar de modo implacável e não vai sobrar muito para escrever nada decente sobre um livro que merece muita atenção. Isto para dizer que amanhã regressaremos ao Beco com a calma e a dedicação necessárias. Hoje ficamo-nos pela simples recomedação.

3.9.03

BIMBA LANDMANN Vive em Milão e desde 1988 que se dedica exclusivamente à ilustração infantil. Vencedora de inúmeros prémios, o último dos quais no Japão, as suas ilustrações, de uma beleza inconfundível, destacam-se pelo traço invulgar e pelo modo original como utiliza as cores.
Em Portugal estão editados Um rapaz chamado Giotto (com texto de Paolo Guarnieri) e Clara e Francisco (com texto de Guido Visconti), ambos na Livros Horizonte. Aqui fica o seu site e algumas imagens.





2.9.03

IGORT, UMA REFERÊNCIA NA BD ITALIANA Foi em 1979 que Igort publicou o seu primeiro trabalho, na revista Il Pinguino, que contava com a participação de nomes como Mattotti e Giorgio Carpintieri.



Desde essa altura que Igort colabora assiduamente com revistas e publicações várias, italianas e de todo o mundo, dando a conhecer o seu traço inconfundível e uma espantosa galeria de personagens em constante crescimento. O seu papel no desenvolvimento da banda desenhada italiana e na procura de novas formas de expressão dentro da nona arte é visível nos vários livros que publicou e, felizmente, reconhecido nos prémios que foi e vai ganhando (na fotografia pode ver-se o painel que lhe atribuiu o prémio de ?Melhor Livro? no Festival de Angoulême deste ano).



Aqui fica o link para o seu site, onde podem conhecer-se os múltiplos aspectos da obra de Igort, os personagens que vai criando, as novidades do trabalho em curso e, entre outras coisas, uma curiosa ?genealogia? onde o autor apresenta várias figuras que o fascinam e que o ajudaram a formar enquanto artista: dos sons mágicos de Duke Ellington às imagens de Rodchenko, passando por Walt Disney, a pluralidade de referências ajuda a compreender o trabalho de Igort.
Por cá, podemos ler "O Canto das Cigarras" no penúltimo número da revista Quadrado, com honras de abertura e tudo.


1979


1992


2002