27.5.09

MUDANÇA

Há muito que isto estava a precisar de uma volta. Foi desta: seis anos depois, mudámo-nos para um novo espaço. Procurem-nos aqui.

23.5.09

AVISO À NAVEGAÇÃO

Este Beco anda lento, lentinho, quase parado, mas não é por falta de vontade.É que estamos a preparar algumas modificações radicais aqui no estaminé, que esperamos anunciar em breve. Até lá, tenham paciência... A gerência agradece.

18.5.09

FESTIVAL INTERNACIONAL DE BD DE BEJA

Está a chegar:

13.5.09

QUARTO DE JADE

Assim se chama o site que reúne trabalhos de Maria João Worm e Diniz Conefrey. Podem visitá-lo aqui e, a partir do site, podem também aceder aos blogs de cada um dos autores.

11.5.09

LEITURAS DO DIA



Graças ao serviço das Bibliotecas Municipais de Lisboa, e em concreto, ao serviço da Bedeteca, é possível ler em casa as edições acabadas de sair do The Comics Journal, mesmo que não haja capital para a assinatura. Não me canso de dizer, mesmo que muitos já o saibam: o cartão de leitor é gratuito e o serviço de empréstimos eficiente.

9.5.09

GLOMPX

A Bedeteca de Lisboa inaugura hoje a exposição GlompX, com trabalhos de autores finlandeses. A exposição integra narrativas a três dimensões (instalações, esculturas, animações, costura) publicadas na antologia finlandesa Glömp com trabalhos de Sami Aho, Jan Anderzén, Roope Eronen, Jyrki Heikkinen, Reijo Kärkkäinen, Jarno Latva-Nikkola, Hanneriina Moisseinen, Tommi Musturi, Pauliina Mäkelä, Aapo Rapi & Sonja Salomäki, Anna Sailamaa, Katri Sipiläinen, Janne Tervamäki e Amanda Vähämäki.



Acompanhando a inauguração de mais uma exposição, a Bedeteca inaugura também um novo visual, com salas arrumadas de modo diferente, novas funcionalidades, uma sala inteiramente dedicada aos leitores mais novos e um espaço mais recolhido para o trabalho de investigação.

7.5.09

VISITA DO DIA




O site do ilustrador norueguês Bjorn Rune Lie.

4.5.09

VASCO GRANJA (1925-2009)

Vasco Granja, divulgador incansável das artes do cinema, da animação e da banda desenhada, morreu esta madrugada, aos oitenta e três anos.
Aqui no Beco, nunca nos havemos de esquecer das memoráveis horas de animação que vimos na infância televisiva, graças a ele.


Fotografia retirada daqui, onde pode ler-se uma entrevista com Vasco Granja, realizada em 2003)
RECORTES



Igor Hofbauer
Prison Stories
Mmmnnnrrrg

Igor Hofbauer, nascido na Croácia em 1974, tem trabalhado sobretudo na área do design, criando cartazes para eventos ligados à música, ao cinema e a outras artes, sobretudo nos meios conotados com o underground. As linhas de força dessas criações, nitidamente influenciadas pelo trabalho de Aleksandr Rodchenko e do Construtivismo soviético, transparecem na colectânea de histórias em banda desenhada que a editora Mmmnnnrrrg acaba de publicar, com o preto e branco a organizar-se de modo equilibrado, separando claramente texto e imagem, com o vermelho a assinalar elementos dissonantes ou em destaque e com os traços oblíquos a definirem a estrutura de vinhetas e pranchas.

As histórias de Hofbauer convocam reflexões sobre a sociedade, medos inerentes à condição humana e várias situações identificáveis com o antigo Bloco de Leste, mas sempre passíveis de uma abstracção universalizante. Mesmo que algumas referências sejam óbvias, como a omnipresença do Muro de Berlim em “Band You Never Heard, Band You Never Saw”, nenhuma história se fecha nos limites do enredo que a sustenta, permitindo leituras intemporais. Para isso contribuem não só as reflexões que Hofbauer sugere, mas também as características das personagens, híbridos onde o animal e o humano convivem num desconforto visível, e ainda a inexistência de um contexto que clarifique, sem margem para dúvidas, personagens e situações. E apesar disso, a leitura não se ressente: não é preciso saber de onde vem o homem que habita a jaula de “My Prison Story” para se perceber a metáfora da prisão-espectáculo, nem são necessários motivos claros para que nos apropriemos da angústia da mulher em fuga de “Nail Story”.

“Olympia Story”, a história da antiga diva da canção que vive enjaulada e se alimenta das estrelas fugazes que o mundo do espectáculo produz a cada dia, apresenta uma estrutura mais clássica no que à narrativa diz respeito, com os dados para a compreensão do enredo a surgirem à medida que são necessários e com o recurso a analepses bem definidas (a exibição de velhas imagens em vídeo, ou os espectros que permitem vislumbrar os dias de glória da diva) esclarecendo o passado. Contrastando com o conjunto formado pelas restantes histórias, mais evasivas, “Olympia Story” acaba por ser o corolário de uma compilação que faz justiça ao trabalho de Hofbauer, marcado por um formalismo exemplar, cuja rigidez se esbate com a presença das inquietações, medos e dúvidas que assolam as suas personagens. Uma nota final sobre a edição, em inglês como a original, facilitando a circulação em festivais e livrarias estrangeiras, prática corrente na banda desenhada menos comercial.

Sara Figueiredo Costa
(texto publicado na revista Ler, nº79, Abr.09)