30.7.03

CÔR E PERSONALIDADE São estes dois ingredientes (e muitos mais) que enchem o trabalho magnífico de Danuta Wojciechowska.
Nasceu no Québec, Canadá. Formou-se em Design de Comunicação, pela Escola Superior de Design de Zurique. Fez uma Pós-Graduação em Educação pela Arte, no Emerson College, Sussex, Inglaterra e desde 1984 que vive em Portugal. Fundou, com Inês do Carmo, o atelier Lupa Design, onde trabalha em design, ilustração e cenografia. Dedica-se às áreas da educação, social, ambiente e cultura, mas sobretudo à ilustração infantil.

Recebeu diversas Menções Honrosas no "Prémio Nacional de Ilustração": Em 1999 pelas ilustrações do livro Fala Bicho, de Violeta Figueiredo; no ano de 2000 foi distinguida pelo livro O Limpa-Palavras e outros poemas, de Álvaro Magalhães; em 2001 com livro O Gato e o Escuro de Mia Couto e em 2002 pelas suas ilustrações na obra Mouschi, o Gato de Anne Frank, de José Jorge Letria.

Dos vários livros que ilustrou, além dos mencionados, destacamos ainda À Procura do Ó-Ó Perdido, de Pascal Sanvic; Fiz das Pernas Coração, Contos Tradicionais Portugueses, de J.A. Gomes; Hipopótimos. Uma História de Amor, de Álvaro Magalhães e Em Branco, Teresa Guedes.

Para miúdos e graúdos se deliciarem.

29.7.03

MMMNNNRRRG Não, não estamos mal dispostas... é mesmo assim o nome de uma das editoras de banda desenhada com que contamos no mercado português. Já com alguns livros editados, apresentaram-se do seguinte modo quando saíu o primeiro:

O primeiro livro!

É com "O Macaco Tozé" de Janus que começam as edições mmmnnnrrrg a agredir o mercado emergente e optimista da BD portuguesa. Se é verdade que o mercado está melhor de que há muitos anos atrás, também é verdade que poucas são as propostas interessantes que sairam ou as editoras com ideias e uma imagem forte.

O que se tem feito é experimentar o mercado e procurar uma galinha de ovos de ouro. Não se aposta nem em boas colecções nem em carreiras de autores de maneira séria. O que temos são editoras sem caras nem corações. A mmmnnnrrrg está cá para isso, para provar que há boas coisas por ai que merecem ser editadas fora de modas fáceis, que se pode ter uma imagem, ideias e confiança numa marca.

Os autores poderão confiar na editora, o publico também, e vice-versa. Poderão afirmar que existe um espirito fanzine nisto tudo, eu chamo-lhe apenas um espirito sincero com um bocado de fundamentalismo à mistura.


A Mmmnnnrrrg tem um site com bastante informação e com a particularidade de disponibilizar algumas bandas desenhadas on-line. A morada é esta.



28.7.03

BLOGS AOS QUADRADINHOS Durante uma semana recebemos mails com as escolhas dos blogs relativamente aos seus livros de bd preferidos. A participação foi animada, principalmente tendo em conta que estamos no Verão e a caminho das férias. E para além disso, ainda descobrimos alguns blogs que desconhecíamos e que gostámos de conhecer. Aqui fica, então, o enooooorme post especial a dar conta das escolhas dos blogs que nos escreveram.


ASTÉRIX E O DOMÍNIO DOS DEUSES (Goscinny e Uderzo)
Lourenço Cordeiro, do blog O Projecto, escolheu este de entre os inúmeros títulos da série de Astérix. Goscinny e Uderzo continuam a fazer parte da lista de referências fundamentais da bd e Lourenço fez questão de destacar a personagem do arquitecto Anglus.




THE TWO MUCH COFFEE MAN (Shannon Wheeler)
Do blog Ford Mustang escreveu-nos o Hugo e, para além de recomendar qualquer dos volumes de The Two Much Coffee Man, ainda nos enviou a imagem de uma das capas e o link para o site oficial.
Quanto ao livro recomendado : qualquer volume do incrível comic "The Too
Much Coffee Man", de Shannon Wheeler ; é um daqueles comics que consegue
reunir o humor - inteligentíssimo e hilariante - com uma feroz crítica de
costumes. Não sei se já o conhecem; se tal não for o caso, deixo-vos uma
descrição breve: "Too Much Coffee Man" é um super-herói cujos super-poderes
(inexistentes) derivam do abuso continuado de cafeína e nicotina. O mote :
"O mundo está em perigo e precisa da minha presença, nobre e valente; mas
primeiro vou fumar um cigarro".





Á SUIVRE - BAR À JOE (Muñoz e Sampaio)
JP, do blog 7000 Nomes, escolheu a bd "Bar à Joe", presente no À Suivre. Pelo mail que recebemos, parece que foi amor à primeira leitura.




HISTÓRIA DE LISBOA (Filipe Abranches e A.H. de Oliveira Marques)
O nosso amigo Rui Santos, do Soda Cáustica, escolheu uma bd "histórica" e nem outra coisa seria de esperar de alguém apaixonado pela História em geral, e pela Idade Média e pela presença árabe na Península em particular. Mas para além da escolha, o Rui ainda nos enviou um comentário ao livro. Aqui fica:

Confesso não ser grande conhecedor de Banda Desenhada, diria um curioso interessado. De resto, o que trago aqui é a ligação de um outro interesse - a história - com a bd e a ilustração.
Desde pequeno, talvez por defeito, fui lendo e relendo alguns álbuns de bd de temática histórica e lembro-me, em particular, de A Minha Primeira História de Portugal com texto de António Manuel Couto Viana e ilustrações de Fernando Bento -uma história um pouco duvidosa, diga-se - e um sobre a vida de D.Afonso Henriques.
O certo é que não abandonei esta temática particular e é aqui que entra "História de Lisboa", de Filipe Abranches e A. H. de Oliveira Marques, ilustrador e historiador, reunindo, em dois belíssimos volumes, os grandes e alguns dos pequenos episódios da vida lisboeta, do século I a 1974.
Da fundação da cidade à Revolução dos Cravos, à grande expressividade da ilustração de Filipe Abranches, junta-se uma inusitada capacidade de Oliveira Marques para criar diálogos simples e, ao mesmo tempo, cheios de relevância histórica.
Garante-se, a quem ver/ler esta edição conjunta da Câmara Municipal de Lisboa e da Assírio & Alvim, rigor histórico, descobrimento de alguns pequenos pormenores sobre a história da cidade mas, acima de tudo, uma experiência de divulgar a história ainda pouco utilizada e extraordinariamente bem conseguida. As falhas do livro? Essas pouco contam aqui, que o conceito e o resultado final as superam o bastante...





MUTTS (Patrick McDonnell)
O Statler, do Blog dos Marretas, escolheu os livros da série Mutts, de Patrick McDonnell e ainda se ofereceu para trocar informações sobre bd connosco. Já agradecemos tudo e estamos prontas para a troca de ideias? Ainda dizemos mais: se o velhote quiser mandar para cá uns textos de vez em quando, está à vontade. E se quiser convidar outros Marretas para fazerem o mesmo, nós aceitamos de bom grado. Um abraço para o camarote e beijocas para o Animal!




A ÚLTIMA GRANDE SALA DE CINEMA (David Soares)
O Espigas (que se chama Nuno Centeio, como toda a gente sabe) escolheu um livro que nenhuma de nós leu até agora, embora já o tenhamos cobiçado várias vezes nas prateleiras da Fnac (as tais que estão sempre caóticas).
David Soares é uma das jovens e promissoras apostas da bd nacional. Com o
seu ar gótico, os dedos cheios de anéis com os mais variados ícones,
encontrei-o na primeira bd Forum, em Lisboa, no passado dia 2 de Maio.
A sua escrita está cheia de referências às mais variadas vertentes. A obra
que até agora mais me despertara a atenção foi "Mr. Burroughs", um ensaio
sobre a figura esguia do falecido escritor da Beat Generation americana.
Mas a minha escolha vai, sem dúvida, para "A Última Grande Sala de Cinema",
o seu último trabalho. Neste álbum editado pela Círculo de Abuso
(propriedade do autor), o David apropria-se dos fantasmas de um cinema
antigo, e exorciza violentamente os desejos e curiosidades do cinéfilo.
Povoam aquele mundo estranho Cerasta, a imunda divindade das areias do
deserto, "devorador de corações"; Veia, um mimo dos infernos, "disseminador
de veneno e pragas"; Pequeno Freud, o profeta "caído na lama", "passivo e
desinteressado como uma esposa infiel".
E no meio destes não podia faltar o Luís, um cinéfilo "sem vida pessoal,
amigo de tarântulas e irmão de demónios". O Luís é identificado pelo David
Soares como cada um de nós, os leitores. Eu pessoalmente considero-o o
próprio David. Ávido por mais uma sessão, melancólico para com as grandes
salas que perdemos. O Velho S.Jorge, o cinema Império, o Tivoli.
Como ele, e graças a ele, somos uma última vez transportados para um mundo
irreal onde a tela gigante e as cadeiras empoeiradas são o nosso mar de
ilusões.

Título: "A Última Grande Sala de Cinema"
Escrito e Ilustrado por David Soares
Editora: Círculo de Abuso
Álbum realizado com o apoio da Bolsa de Criação Literária, atribuída à
categoria de Banda Desenhada, pelo Instituto Português do Livro e das
Bibliotecas, em 2002.





A BALADA DO MAR SALGADO (Hugo Pratt)
O convite para esta colaboração foi endereçado a todos os blogs. Mas foi também endereçado à Zazie, leitora compulsiva da blogosfera, comentadora atenta e colaboradora da Janela mais indiscreta da internet. E a escolha da Zazie recai sobre um dos mais belos livros de bd que já lemos: A Balada do Mar Salgado, de Hugo Pratt. Mas a Zazie não resistiu a incluir na lista de preferências toda a obra de Hugo Pratt, bem como todos os volumes de Tintim, do grande Hérgè, com destaque para O Tesouro de Rackan, o Terrível, Tintim no Tibete e As Jóias da Castafiore.
Obrigada, Zazie. E volta sempre!




SIGNAL TO NOISE (Neil Gaiman e Dave McKean)
Esta foi uma das surpresas da brincadeira que fizémos. Recebemos um mail do Rodolfo, jornalista brasileiro que desconhecíamos, autor do blog Leitura do Dia, que também desconhecíamos e que recomendamos vivamente. Não sabíamos que o Beco já tinha chegado ao Brasil e ficámos, obviamente, muito contentes.
O Rodolfo escolheu Signal to Noise de Gaiman e McKean, e ainda Alec: How to be an Artist, de Eddie Campbell.
Fico indeciso entre duas, na verdade. Uma delas é "Signal to Noise" (Gaiman e McKean), uma graphic novel que conta a história de um diretor de cinema que está morrendo de câncer e começa a filmar seu último filme - dentro de sua própria cabeça. Tema poderoso, idéias interessantes sobre o fazer artístico, além de
arte e roteiro que se complementam.
A outra seria "Alec: How to be an Artist". No volume, Eddie Campbell faz um misto de autobiografia enfatizando seu caminho de artista e uma história da ascensão e queda da graphic novel.
Releio as duas com muita freqüência e recomendo ambas a qualquer um que se interesse por quadrinhos ou tenha ambições nas artes.





VÁRIOS
O Rui Almeida, que pode ser lido no seu blog, respondeu ao nosso desafio num post publicado no dia 22. Fazemos copy/paste directamente do blog do Rui para que conheçam a resposta:
Respondendo ao desafio do Beco das Imagens, deixo aqui o que penso ir folhear durante as férias, no que toca a banda desenhada ou afins.
Vou sobretudo rever: a obra toda do António Jorge Gonçalves, sobretudo a Arte Suprema e o Senhor Abílio, não desfazendo nos dois álbuns do Filipe Seems, com argumento fantástico do fantástico Nuno Artur Silva; os seis episódios da primeira série da saga de John Defool e respectivo Incal; os dois volumes imprescindíveis de Maus; o que calhar do Hugo Pratt, do Moebius/Giroud e do Bilal; umas coisas fantásticas que apanhei nos saldos da Fnac, editadas pelo Musée de la Bande Dessinée: Florence Cestac e Robert Crumb; Battle Chassers do (semi-)português Joe Madureira; Diniz Conefrey a ler Herberto; as Crossroads de José Carlos Fernandes; talvez Tintin, talvez Spirou, talvez Astérix, talvez Louro & Simões, talvez Calvin & Hobbes, talvez Valérian & Laureline.
Mas vou também pegar em coisas que só agora apanhei: Pedro Brito, Richard Câmara, Marcos Farrajota e o colectivo Lisboa 24 Horas - todos da colecção Lx Comics da Bedeteca; O Artefacto Perverso de Felipe Hernández Cava e Federico del Barrio, editado pela Baleia Azul e, por fim, Águas Perigosas de D. David, C. Cuadra & R. Miel, a ver se por lá encontro o Abrupto Pacheco Pereira [explico: trata-se de uma história de promoção com que o Parlamento Europeu ganhou o prémio da Angoulême 2003 para a «campanha de comunicação que utilize como suporte a banda desenhada»].

Além disso vou continuar a olhar para as ilustrações dos livros e das revistas de poesia (e não só...), mas disso falarei daqui a uns dias.
posted by rui at 22.7.03





A HISTÓRIA DO CORVO DE TÉNIS (Fred)
Da Janela Indiscreta escreveu-nos a Cristina Almeida, com vontade de escolher vários livros de bd. Mas como pedimos apenas um, escolheu A História do Corvo de Ténis, de Fred, um livro que gosta de reler. Entretanto, avisou-nos logo que ficaram de fora o Hugo Pratt, o Tardi, o Bilal, o Winsor McCay, o Muñoz e umas enormes reticências a denunciarem uma lista com muitos nomes... Já sabes, Cristina, aceitamos textos aqui para o Beco...




Agradecemos a participação de todos os que escreveram para o Beco. Entretanto, vamos pensar noutras formas de colaboração e interacção bloguística que passem pela bd, pela ilustração e, acima de tudo, pela troca de ideias.

27.7.03

RELEITURAS: A AVENTURA DA BD NA GALIZA Ontem reli um livro especial, comprado por poucas pesetas (ainda as havia) numa feira do livro em Santiago de Compostela. Chama-se 2 Viaxes, foi editado em 1975 e é o primeiro livro de BD feito na Galiza. Da autoria de Raimundo Patiño e Xaquín Marín, 2 Viaxes foi editado pelo Grupo Brais Pinto (que agrupava escritores, artistas e intelectuais galegos com diferentes actividades) e lançou as bases da BD em terras galegas, hoje uma arte em franco crescimento, com direito a publicação semanal num jornal diário e tudo.


Suplemento semanal de La Voz de Galicia

Mas voltemos ao livro. Com influências claras do mundo da Ficção Científica, as duas histórias que compõem 2 Viaxes contribuem para a constante reflexão galega em torno da questão da emigração. A novidade, mais do que temática, é portanto de linguagem. No ano anterior tinha sido publicada A Cova das Choias, primeira revista de BD galega, já com a participação dos dois autores deste livro. Mas antes disso era o deserto sem quadradinhos? Patiño e Marín criam, assim, um universo gráfico original e profundamente inovador, cruzando a linguagem da BD europeia e americana da época com os traços característicos das correntes artísticas que se desenvolviam na Galiza de então. O resultado é arrebatador, mesmo nos dias de hoje. Por cá não se encontra, mas recomendo uma busca atenta na próxima visita a terras galegas (ainda circularão alguns restos da edição de 1975 já que, tanto quanto sei, não houve reedição). Deixo a capa, para facilitar a procura.


Capa de 2 Viaxes

25.7.03

A IMAGINAÇÃO AO PODER Acabámos agora mesmo de descobrir um E-zine de ilustração sobre a capacidade da imaginação. É feito em Portugal e conta com várias colaborações, artigos, notícias e links. Chama-se Imagina e podem visitá-lo aqui.
No texto de apresentação lê-se:
Imagina-zine é um fanzine digital (e-zine) onde se divulgam, debatem e realiza actividades referentes à imagem ilustrada. No espaço Imagina procura-se a manifestação do estilo pessoal e da vontade criativa, privilegiando-se o valor comunicativo da ilustração.
No conhecimento humano actual a imagem traduz e monopoliza as mais distintas disciplinas, e a ilustração tem a possibilidade de fazer a síntese das diversas sensibilidades e manifestações criativas.
Como o objectivo de qualquer criativo é expandir-se a Imagina procura ajudar pela exposição de Ilustrações e textos, notícias referentes ao universo da Ilustração, e links para a consulta e expansão de horizontes.
Sob o formato de e-zine apresentará um tema por versão, (esta primeira é dedicada aos Sonhos) e terá vários conteúdos permanentemente actualizados.
Espero que vos desperte o apetite para o potencial e para a beleza da ilustração.

Ficam duas imagens em jeito de convite.


Edmundo Ramos


Flá

24.7.03

MANGAS EM PORTUGUÊS Aqui no Beco não somos grandes apreciadoras (nem grandes conhecedoras, diga-se...) do mundo das Mangas, vindas do Japão. Ainda assim, é um mundo complexo, com trabalhos bem feitos e profundamente revelador de uma série de aspectos estéticos, mas também sociais e comportamentais. O nosso leitor (ou será leitora?) T3tsuo, assim mesmo, convidou-nos a visitar um site. Nós aceitámos o convite e deparámo-nos com o Niji Zine, um e-zine dedicado ao fenómeno Manga e totalmente em português. Para os apreciadores, fica o convite.

23.7.03

O RAPAZ OSTRA



Já conhecíamos o livro de Tim Burton, The Melancholy Death of Oyster Boy, e até a tradução portuguesa. Mas nunca nos tínhamos cruzado com este site, onde se pode aceder à totalidade do dito livro. Foi o novo blog dos bookcrossers portugueses que divulgou a morada, e nós aproveitámos logo! Vão até lá (ao blog do bookcrossing e ao site do Tim Burton) que vale a pena.

22.7.03

WOPAH Nasceu a 25 de Abril de 1980 em Saint Germain e desde criança que desenha. Da ilustração aos comics, passando pela música, o seu trabalho abrange várias áreas. Para o descobrirem basta entrar neste site muito engraçado e descontraído. Aqui fica um pequeno exemplo do que podem encontrar:



Vale a pena visitar.

21.7.03

A QUEDA DO MURO Um dos livros que comprei, a um preço muito simpático, no Fórum BD chama-se O Muro Antes e Depois…. Editado por Pierre Christin e Andréas C. Knigge, este livro reúne vinte e seis autores de BD, todos eles apresentando pequenas histórias a partir do tema do Muro de Berlim e do seu desmoronamento. Entre os autores encontramos nomes como Enki Bilal (que conta, apenas numa prancha, uma das histórias mais preenchidas do ponto de vista narrativo de todo o álbum), Manara, François Boucq, Dave McKean, Moebius, Daniel Torres e Neil Gaiman.
Originalmente publicado em 1990, este álbum junta visões, opiniões e experiências de ambos os lados do muro, revelando-se extraordinária a experiência de juntar autores com trabalhos tão diferentes para a elaboração de um trabalho colectivo, a partir de um tema. A edição portuguesa é da Meribérica e ainda se deve encontrar, pelo menos nas iniciativas do género “Mercado do Livro”. Procurem-no que vale mesmo a pena.

20.7.03

NOVAS BD'S Temos recebido algumas respostas ao desafio que aqui lançámos, mas ficamos à espera de mais até ao fim da próxima semana. Entretanto, divulgamos o regulamento do concurso de Banda Desenhada promovido pela Fnac e pela editora Vitamina BD:

Regulamento 1º Prémio
de Banda Desenhada Fnac / Vitamina BD


1 – Ao 1º Prémio de Banda Desenhada Fnac / Vitamina BD poderão concorrer todos os trabalhos inéditos de autores que não possuam qualquer obra publicada em livro.

2 – Cada trabalho deverá ter, no mínimo, 44 páginas, a cores ou preto e branco, em formato, técnica e materiais à escolha, Destas, os concorrentes deverão entregar 5 cópias em papel, formato A4 ou A3, ou em CDRom.

3 – O prémio consiste na publicação da obra vencedora pela Vitamina BD Edições.
A Fnac e a Vitamina BD reservam-se o direito de não atribuir o prémio, caso se verifique não existir o nível de qualidade mínima exigida pelo júri.

4 – O prazo limite para entrega dos trabalhos é o dia 31 de Outubro de 2003. Os trabalhos, acompanhados pelos dados dos autores (nome, morada e contactos) poderão ser entregues de duas formas:
• Directamente nos balcões de atendimento da Fnac Colombo, Fnac Chiado, Fnac Almada, Fnac NorteShopping, Fnac Stª Catarina e Fnac CascaiShopping.
• Via correio para:
1º Prémio de Criação B.D. Fnac/Vitamina BD
Vitamina BD Edições, Rua das Flores, 67/71 R/c - Sala B
1200-194 Lisboa

5 – O júri será composto por 5 elementos, entre os quais um representante da Fnac, um representante da Vitamina BD e três personalidades de méritos reconhecidos na área, convidados para o efeito. Os seus nomes serão divulgados após a data limite de entrega dos originais.

6 – O vencedor será contactado telefonicamente no dia 11 de Fevereiro de 2004.

7 – Os trabalhos concorrentes a este prémio não serão devolvidos.

8 – O facto de concorrer implica a aceitação do regulamento na sua totalidade.

19.7.03

DESAFIO AOS BLOGUES: OS ELEITOS DA BD Acabámos de enviar este mail para uma série de blogues. Entretanto, se outros blogues quiserem participar serão bem vindos:

Estamos naquela altura um bocado parva em que os jornais perguntam às pessoas "ilustres" que livros vão levar para férias. A propósito disso, o Beco recomenda a crónica da Clara Ferreira Alves no Expresso de hoje... Entretanto, aqui neste Beco aos quadradinhos, decidimos perguntar aos blogues que costumamos ler qual o livro de BD que recomendam, que não esquecem, de que não prescindem. Não tem nada a ver com as férias, nem com livros de BD na praia ou no campo. É mesmo vontade de partilhar ideias, paixões e recomendações na blogosfera, desta vez aos quadradinhos.
Os que se derem ao trabalho de responder escrevam para este mail durante a próxima semana. Entretanto, e para não haver muitas angústias (já estou a ver a Janela Indiscreta em peso a protestar..."Só um?"), os blogues colectivos podem referir dois ou três livros em vez de um só.
Depois de compilarmos as respostas, prometemos um post especial com os resultados e com comentários a alguns dos livros escolhidos.
Cá vos esperamos!

Cumprimentos,
Sara e Sílvia

PS: A Zazie pode, obviamente, participar...mesmo sem blogue!

LEITURAS AOS QUADRADINHOS



Numa destas tardes de sol, passei pela esplanada da Faculdade e a conversa acabou por ir parar aos hábitos (ou à sua ausência…) de leitura dos portugueses em geral e dos estudantes universitários em particular. Não resisti a contar a história de duas colegas de curso (o curso era de Línguas e Literaturas, e este é um dado relevante) que um dia se queixaram à professora de Literatura Portuguesa sobre o excesso de livros que tinham para ler nesse semestre. O “excesso” compunha-se de dois romances e um livro de poesia, se bem me lembro, e ainda de poemas dispersos de diferentes autores e, claro, de alguns artigos e livros teóricos cuja leitura era recomendada. A professora não percebeu a queixa… Uma das alunas explicou, recorrendo a um gesto que não consigo reproduzir (mas que será qualquer coisa como a mão a representar um calhamaço com várias páginas), que antes de entrar para a Faculdade nunca tinha lido “livros destes grandes – aqui entra o gesto – só com letras”, admitindo que os poucos livros que tinha lido no liceu foram substituídos pelos fantásticos resumos da Europa-América. Enfim, a professora esforçou-se para não sucumbir a um ataque cardíaco, alguns colegas olharam para trás com ar chocado (poucos, diga-se) e as queixosas continuaram sentadas, à espera que a aula começasse.
Depois de contar a fatídica história, que conto sempre que vem a propósito o tema das leituras, alguém referiu que havia estudantes que chegavam à Faculdade sem ter lido nada ou quase nada, ou tendo lido apenas “porcarias tipo livros aos quadradinhos”. E pronto, a minha indignação explodiu. Poupo os leitores ao discurso que disparei na altura, mas deixo duas notas breves (que o post já vai longo):
- A Clara Ferreira Alves escreve hoje, no Expresso (rubrica ‘A Pluma Caprichosa'), uma crónica interessantíssima e bastante atenta sobre os hábitos de leitura dos portugueses e a forma descarada como mentem sobre eles;
- Se os milhares de cidadãos portugueses que nunca pegaram num livro desatassem, como que por loucura incontrolável, a ler as aventuras do Corto Maltese, ou do Astérix & companhia, ou do Tintin, só para dar alguns exemplos clássicos e para vários gostos, talvez alguma coisa mudasse nos hábitos culturais cá do burgo, e talvez essa mudança se reflectisse noutras áreas da sociedade e nalguns hábitos do quotidiano. É só uma ideia que eu cá tenho…

18.7.03

AND THE WINNER IS... Notícia retirada do Público de hoje sobre o V PortoCartoon:

O cartoonista turco Muhittin Köroglu foi o vencedor do Grande Prémio (no valor de conco mil euros) da 5ªedição do PortoCartoon-World Festival, organizado pelo Museu Nacional da Imprensa (MNI). Em segundo lugar ficou o trabalho do polaco Yuri Ochakovsky. O tema deste ano do concurso foi "A Água", em sintonia com a UNESCO, que declarou 2003 o ano da água. O júri internacional atribuiu ainda 12 menções honrosas (duas delas a cartoonistas portugueses). Ao V PortoCartoon concorreram 1550 trabalhos, de 470 autores, de 60 países. As obras premiadas serão expostas no MNI no próximo mês de Setembro.


Imagem de Yuri Ochakovsky (que é polaco, segundo o Público, e israelita, segundo vários sites consultados... Não faz mal, que as fronteiras aqui não querem dizer muito.)
UMA MOTA NO BAIRRO ALTO Um convite inesperado para sair fez-nos perder pelas ruas do Bairro Alto, pelo que não colocámos nenhum post no Beco ontem à noite. Entretanto, o passeio permitiu-nos reencontrar a Zundap (e conhecer dois dos seus dinamizadores), fanzine agradavelmente barulhento, ao contrário da mota, que às vezes circula por ali e que lançou ontem a sua nona edição. O tema de capa é o ‘Estilo’ e os textos e imagens são de gente como Tiago Neves, Sandy Gageiro, B Leze Cal ou João Habitualmente. E também há BD e ilustrações de José Feitor, Richard Câmara, Bruno Borges, Nuno Neves, Artur Varela, Susana Vilela e Vilhelm Hansen. O nosso destaque vai para o texto dedicado a “La guerre d’Alan”, de Emmanuel Guibert (de quem já falámos neste blogue) e para o bom gosto geral que acompanha esta Zundap.
Se não encontrarem a mota por aí, peçam-na para mailzundap@yahoo.com.



Capa do número seis, que ainda se encontra disponível.

16.7.03

MARTIN TOM DIECK Martin Tom Dieck nasceu em Oldemburgo (Alemanha), em 1963 e vive actualmente em Hamburgo, onde trabalha na área da banda desenhada e da ilustração. Algumas das suas pranchas estiveram presentes no último Salão Lisboa, o que permitiu que os seus livros chegassem até cá (na edição francesa e com uma distribuição pouco corajosa…).



O trabalho de Tom Dieck caracteriza-se pela pouca presença de texto escrito, permitindo uma leitura menos rígida e mais baseada nos ambientes e nas situações criadas. A estruturação da linha narrativa das suas histórias assenta, por isso, na relação da história com os espaços e com a imagem, resultando num silêncio capaz de despertar leituras mais íntimas e uma musicalidade constante e difícil de explicar através do mesmo recurso que o autor procura utilizar com enorme parcimónia: as palavras.


Prancha de L'innocent Passager

Neste link pode ler-se uma entrevista com o autor e ficar a saber como é que a Banda Desenhada ganhou importância no trabalho e na vida de Tom Dieck. Aqui se fala da descoberta da BD, dos primeiros trabalhos, da relação entre texto e imagem, das ideias que originaram os livros que Tom Dieck vem fazendo e também da cena editorial alternativa em França.


Pranchas de L'Oud Silencieux

Alguns livros de Tom Dieck podem ser encontrados (ou encomendados) na livraria Dr. Kartoon, em Coimbra.

15.7.03

JÁ CÁ ESTAMOS Depois da interrupção anunciada, o regresso prometido. Hoje ainda estaremos a meio gás, porque há muitas coisas para retomar, mas amanhã voltaremos em força com Martin Tom Dieck por companhia.
Sobre a estreia de Hulk (que não vimos e não teremos tempo de ver nos próximos dias), muito se escreveu nos jornais e até nos blogues. Recomendamos o destaque do Público e as opiniões (pouco favoráveis ao filme) de Pedro Lomba. Para os fãs do homem verde, aqui fica o link da indispensável Marvel.

10.7.03

O BECO VAI A BANHOS Vamos estar fora uns dias, e sem acesso à internet... Despedimo-nos hoje e prometemos voltar já na próxima terça-feira. Não se esqueçam de voltar também! Entretanto, amanhã estreia o Hulk no cinema, adaptação do clássico de bd da Marvel. Para conhecerem opiniões, espreitem o Espigas, que certamente vai falar no assunto.
E pronto, já vamos andando. A pedido de várias famílias, voltamos a indicar o link para um site "voador". Quem não conhece, aproveite para descobrir, enquanto o Beco vai e volta. ATÉ TERÇA!


9.7.03

IMAGINÁRIO É uma galeria de ilustrações, filmes de animação,
esculturas, pinturas e fotografias de Francisco Lança e Joana Imaginário. Neste
site podem encontrar vários dos seus trabalhos em todas estas áreas,
incluindo os das suas colaborações com os jornais Público e o Diário de
Notícias
. Vale a pena visitar, basta clicar aqui.

ANKE NO SALÃO LISBOA Anke Feuchtenberger despertou paixões e reacções no último Salão Lisboa. O seu trabalho, denso e povoado de um imaginário entre o estranho e o íntimo brutal, esteve exposto no Pavilhão de Portugal e foi alvo de descoberta para muitos apreciadores de BD.



A série Puta P., com o seu ambiente de angústia, sempre impressionante e capaz de deixar marcas em quem a encontra, é talvez a vertente mais conhecida do trabalho desta alemã que conquistou Lisboa. Deixamos aqui um excerto do texto de Burkhard Müller sobre Anke Feuchtenberger, incluído no catálogo do Salão Lisboa 2003, editado pela Bedeteca:

Já existe toda uma série de histórias da Puta P., co-produzidas por de Vries e Feuchtenberger. A mais recente conduz P. pelo reino dos mortos e a respectiva paisagem surge-nos como uma inversão da história da geologia. Tal como na ilha de Rügen, na Pomerâmia Anterior, terra de Anke Feuchtenberger, onde as pederneiras negras estão incluídas nas rochas cretaicas brancas, temos aqui caveiras cravadas em cinzas vulcânicas. Assim podemos verificar como mudou o estilo da desenhadora. A sua mão está mais livre, passou a trabalhar com o carvão, largo, quebradiço e deslavável cujo traço macio tem de ser fixado com sprays mal-cheirosos antes de se poder enviar a folha para onde quer que seja. O carvão não tolera correcções, torna-se inútil o Tipp-Ex, este grande pecado secreto do desenhador de bd's. A partir de agora, já só existem folhas aceites ou rejeitadas e deixam de existir as folhas corrigidas. Nietzsche disse: "Tudo quanto apreendo converte-se em luz/ e em carvão, tudo quanto abandono." A partir de agora parece que podemos aplicar a Anke Feuchtenberger: tudo quanto apreendo converte-se em carvão! E a sua obra mais recente arde como uma chama negra. (pg. 177)
VENHAM MAIS CINCO Este é o nome de um blog acabadinho de chegar à blogosfera e que promete, entre outras coisas, referências em torno dos livros que se vão lendo. Não sabemos se a BD vai ter lugar por ali, mas a apresentação deixou-nos com vontade de frequentar o Venham Mais Cinco. Aqui fica um excerto:

Não sendo um blog dedicado a um determinado universo em particular, por aqui irão de certeza passar, a música e o cinema, o teatro e os livros, a política e os “media”, a história e o património, as gentes e os lugares.
Queremos partilhar convosco, as informações, as críticas, os pensamentos, as opiniões, os anseios, as dúvidas, de tudo aquilo que “Vemos, Ouvimos e Lemos” e que “Não Podemos Ignorar” como tão bem escreveu Sofia.


E sejam bem vindos!

8.7.03

LIVROS PARA SONHAR Como tínhamos prometido há uns posts atrás, aqui fica uma referência à editora Kalandraka.

Em Abril de 1998, nascia em Pontevedra (Galiza) o projecto Kalandraka, dedicado à edição de livros infantis. Para além dos textos, cuidadosamente escolhidos entre inéditos e adaptações de histórias tradicionais, a imagem de marca da Kalandraka define-se a partir das ilustrações, intensamente coloridas e criativas, revelando um trabalho comparável ao de poucas editoras.
Depois de ter conquistado o mercado galego, a Kalandraka começou a publicar os seus livros noutras línguas, nomeadamente em basco, catalão, inglês e português, partindo à descoberta de novos leitores. Em Portugal, é já bastante fácil encontrar os seus livros em qualquer livraria. Aqui fica, mais uma vez, o link para o site da Kalandraka.

7.7.03

CINEMA DE ANIMAÇÃO Notícia retirada do site da Bedeteca:
O Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI) apresenta, até 21 de Novembro, uma exposição dedicada ao Cinema de Animação em Portugal.
O CNBDI abre as portas ao cinema de animação depois de diversas exposições de bd. Esta exposição, que homenageia os 80 anos do primeiro filme de animação em Portugal, pretende dar a conhecer a história do cinema de animação português, através de dois núcleos: um primeiro núcleo cronológico onde se retrata a história deste género cinematográfico e um segundo com recurso a materiais volumétricos, tais como exibição de filmes, making of’s, story board’s, personagens e maquetes, entre estas as utilizadas para o filme "A Suspeita" (imagem).
Em destaque, vai estar o primeiro filme de animação realizado em Portugal, em 1923, por Joaquim Guerreiro - “O Pesadelo de António Maria” – entretanto recuperado. Será possível visionar (em contínua exibição) outros filmes.
A exposição, comissariada por Paulo Cambraia mostra, ainda, algumas ilustrações originais dos filmes "O gato e a Lua" e "Os Salteadores".


6.7.03

BD NA TELEVISÃO Logo à noite, pelas 21 horas, o canal História vai transmitir um programa de duas horas intitulado Super Heróis de Banda Desenhada. Nunca vimos o programa, mas deixamos aqui a informação disponível na programação televisiva do Público: Este espaço, de duas horas de duração, analisa a evolução dos super-heróis dos quadradinhos e das histórias que foram protagonizando, ao mesmo tempo que nos apresenta o complicado processo de elaboração desta arte. Não é muito esclarecedor, mas é capaz de valer a pena.

5.7.03

SATÉLITE SEM FRONTEIRAS Ainda não o vi pelas livrarias, mas como foi lançado no Salão Lisboa deste ano, não deve tardar. Falo do número 3 do fanzine Satélite Internacional, dedicado ao tema das 'fronteiras' que foi, lembro, um dos temas presentes nas exposições do Salão. O site permite conhecer alguns trabalhos, bem como espreitar as edições anteriores. Como cartão de visita, deixo uma imagem da autoria de Ana Cortesão:

4.7.03

CRISTINA SAMPAIO Com apenas 7 anos sabia o que queria ser quando fosse grande. Estudou pintura, deu aulas de desenho, ilustrou diversos livros infantis e os seus trabalhos, da ilustração à infografia (técnica bastante utilizada pelos jornais nos dias de hoje), têm feito parte de jornais (como é o caso do Público e do Independente), livros e eventos. Para conhecerem melhor o seu trabalho é só ir a http://www.cristinasampaio.com

O MUSEU FANTÁSTICO Já chegou às livrarias há algum tempo o segundo volume da série A Pior Banda do Mundo, série publicada pela Devir. Trata-se de O Museu Nacional do Acessório e do Irrelevante e é, tal como o primeiro volume, um dos mais interessantes livros de BD dos últimos tempos.
José Carlos Fernandes habituou-nos ao seu traço incisivo e aos ambientes soturnos e oníricos, situados no espaço vazio algures por entre a realidade e os sonhos mais recônditos. Os dois livros até agora publicados desta nova série revelam a espantosa capacidade de recriar esse espaço vazio num outro espaço, aparentemente povoado e metódico, mas afinal igualmente caótico e com a firmeza onírica de uma queda no imprevisível.
Aqui ficam algumas imagens de A Pior Banda do Mundo. Para quem quiser ler mais sobre O Museu Nacional do Acessório e do Irrelevante, pode espreitar o que escrevi aqui.

A BÍBLIA QUE CHEGOU À NET! Há sete anos atrás, uma revista com nome de livro sagrado chegava às ruas, bares, livrarias e outros espaços de Lisboa. Anunciada como "mais vendida do que a Outra", foi chegando a vários espaços do país e agora já está na net. Nestes sete anos, Tiago Gomes (o seu incansável mentor) ajudou a divulgar ilustradores, autores de BD, fotógrafos, artistas vários, poetas, designers, escritores, escrevinhadores e outras cores que romperam, de algum modo, o panorama mais ou menos sossegado das artes gráficas e companhias próximas. É que a Bíblia, mesmo nunca chegando a vender mais do que a Outra (!), conseguiu sair do mundo subterrâneo dos fanzines, alcançando espaços e movimentos talvez inesperados. Sete anos depois, continua a ser uma revista "alternativa" no espírito e nos meios, divulgando artistas menos conhecidos do grande público e entregando o projecto gráfico de cada edição a um designer diferente. Vale a pena procurá-la nas livrarias. E se não houver, peçam para mandar vir! O próximo número está aí a aparecer...

3.7.03

UMA ILUSTRAÇÃO de Donna Racer. Espero que gostem

2.7.03

ILUSTRAÇÃO INFANTIL João Caetano nasceu em Moçambique em 1962 e tem o curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto. Começou a sua actividade ligado à Banda Desenhada, mas desde 1981 dedica-se profissionalmente à Ilustração, em especial à Ilustração Infantil.
Ilustrou cerca de 20 títulos na área do livro infanto-juvenil e colaborou em mais de 50 títulos no âmbito do livro escolar. Participou também em actividades culturais de âmbito diversificado em Bibliotecas Municipais e escolas do ensino básico.
Integrou o catálogo "The Best of...", no concurso de Ilustração do BIB, Checoslováquia, em 1995.
A sua última publicação, em 2003, foi O Novo Traje do Rei em parceria com Xosé Ballesteros, pela editora kalandraka (editora a que dedicaremos um post brevemente).
Recebeu Menções Honrosas do "Prémio Nacional de Ilustração" pelas ilustrações dos livros Os Mais Belos Contos Tradicionais - Ed. Civilização, em 1998, e Conto Estrelas em Ti - Ed. Campo das Letras, em 2000; foi-lhe atribuída ainda uma Menção Especial do concurso "Scarpetta d'Oro", em Itália, em 2000. João Caetano recebeu ainda o Prémio Nacional de Ilustração 2001 pela sua contribuição em A Maior Flor do Mundo, livro infantil de José Saramago.