NOTAS SOBRE O FESTIVAL DA AMADORA-2
Michel Plessix trabalha na área da banda desenhada desde os anos oitenta e a sua obra mais conhecida em Portugal, graças à edição da Witloof, é a série O Vento nos Salgueiros, adaptação do romance homónimo de Kenneth Grahame. Em torno desse trabalho construiu-se a exposição que podemos ver no FIBDA e que merece o nosso destaque.
As pranchas originais expostas no segundo andar da Escola Intercultural revelam as características que me parecem centrais neste trabalho de Plessix: a atenção ao pormenor e o olhar revelador de um fascínio incondicional pela beleza que só a infância parece conseguir encontrar. Se a leitura de O Vento nos Salgueiros, versão Plessix, nos transporta para um mundo maravilhoso e capaz de atrair leitores de todas as idades, o contacto directo com as suas pranchas permite-nos contactar com o trabalho que esteve por trás da obra, compreendendo a sua génese do ponto de vista gráfico (pena é que não haja pranchas com cor…).
Este é o fascínio de Plessix, capaz de transformar o romance de Grahame numa outra obra igualmente grandiosa e de comprovar a velha máxima que diz que todas as boas histórias, infantis ou não, são intemporais.
A exposição está, como já disse, no segundo andar da Escola Intercultural e é um dos destaques absolutos deste FIBDA.
26.10.03
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