30.11.04

MICHAEL MORGENSTERN






Aqui fica o seu site para conhecerem o seu original trabalho.
JANEIRO...
...mês do Festival de Angoulême. Ainda falta algum tempo, mas não resistimos a mostrar o cartaz:

NOVA STRIPBURGER
A notícia sobre a nova edição da Stripburger vem no site da Bedeteca, de onde a roubámos com os devidos créditos:

Saiu mais um número da revista eslovena Stripburger, repleto de autores da Europa de Leste e do resto do globo, entre eles: Koco (já publicado num Quadrado), Soren Mosdal e Jacob Orsted (dinamarqueses já editados pela Frémok), Mart (de Espanha), Blanquet ("História Muda", Ed. Polvo), Art Spiegelmen (ainda na ressaca do recente "In the Shadow of No Towers"), Aleksandar Zograf (com uma bd que desenha semanalmente para o jornal sérvio Vreme - ver último Quadrado), Marcel Ruijters ("Os trogloditas", Ed. Polvo) entre outros. De referir ainda um artigo sobre "Small Press" por Jean-Paul Jennequin.
Com as participações estrangeiras escritas em inglês, o resto do material da revista pode ser lido através do "Connector", um suplemento com traduções para inglês e francês.

29.11.04

LEITURAS DO DIA
Segunda-feira, como é hábito, as leituras do dia começam com o João Miguel Tavares. O texto de hoje é sobre Toot & Puddle, de Holly Hobbie, bem conhecida dos leitores mais novos.

26.11.04

DESTAQUE DO DIA
Começa hoje a Baby Feira Mix, na Casa 'Os Dias de Água (na Estefânia - Lisboa). Por lá passarão muitas actividades pensadas para os mais novos e para quem com eles convive, mas também alguns ilustradores, criadores de brinquedos e inventores de sonhos, com peças para mostrar e para vender.
Eu, na minha condição de recém-tia muito babada, por lá passarei amanhã.

O destaque do dia vai para a Rosa Pomar, ilustradora e criadora de uma verdadeira legião de bonecos de tecido, que são uma outra forma de ilustrar o mundo para lá do papel.



O seu blog, A Ervilha Cor de Rosa, mora aqui e tem, nas últimas entradas, mais imagens dos tais bonecos, para além de outras coisas que vale a pena conhecer. Durante a Baby Feira Mix poderão conhecer ao vivo o trabalho de Rosa Pomar e trocar com ela opiniões sobre os modos de tornar o mundo um lugar mais colorido.

25.11.04

A BD NA SALA DE AULA
Ontem lá fui falar sobre banda desenhada a uma turma do ciclo, em Moscavide. Não sabia muito bem o que esperar, até porque falar para um público mais novo não é a minha especialidade. Mas correu muito bem. Muito melhor do que eu alguma vez esperei.
Alguns miúdos conheciam o Corto Maltese, Blake e Mortimer e o Akira. Todos conheciam o Tintim, a família Astérix, os descendentes de Disney e a turma da Mónica. Ninguém fazia a menor ideia de que há autores de bd em Portugal (talvez pensassem que bd era coisa para vir do estrangeiro, não sei...), e por isso foi particularmente bom ter levado uma pilha considerável de livros para serem folheados com curiosidade. Ficaram a conhecer o José Carlos Fernandes, o Nuno Saraiva, o Filipe Abranches e o Richard Câmara na primeira leva, logo depois da surpresa pelo trabalho de Rafael Bordalo Pinheiro nos primórdios da bd portuguesa, ainda no século XIX. Na segunda leva, depois de descobrirem o que é e para que pode servir um fanzine (espero que o entusiasmo dê frutos daqui a uns tempos...), descobriram também o Marcos Farrajota, o André Ruivo, a Alice Geirinhas, o Francisco Sousa Lobo, a Ana Cortesão, o Miguel Rocha, o Esgar Acelerado e o Rui Ricardo.
Houve algumas reacções para a posteridade ou para a lista das surpresas. De entre os livros todos que levei, portugueses e estrangeiros e de vários estilos, um dos que chamou a atenção foi Palestina, de Joe Sacco, mesmo depois da explicação sobre o jornalismo aos quadradinhos e o cenário de guerra. Parece que o que os fascinou foi mesmo o traço e, deduzo eu, a multiplicidade de elementos dentro de cada vinheta.
Outra reacção curiosa esteve mais próxima do hilariante. Enquanto folheava atentamente um livro do José Carlos Fernandes, um dos miúdos ficou entusiasmado com uma vinheta onde se vê uma mulher sentada à mesa. Apontava para ela e dizia espantado: "Olha, olha...". Enquanto a professora lhe perguntava o que era, eu avancei com a esperança fascinada de que o miúdo tivesse adorado aquele traço e aqueles desenhos e quisesse conhecer mais coisas do autor... Mas o miúdo respondeu com a maior das naturalidades: "É que esta mulher parece uma que entra nas novelas"...

23.11.04

ILUSTRAÇÃO VINDA DO JAPÃO
Chisato Shinya, mais conhecida por Kinpro, é uma ilustradora japonesa que publica habitualmente o seu trabalho quer em revistas quer em anúncios de TV.
Aqui fica o link para descobrirem o seu interessante trabalho.

DIAS AGITADOS...
Tal como ontem, hoje será difícil escrever alguma coisa aqui para o Beco. Amanhã vou a uma escola falar sobre banda desenhada, numa turma do 2ºano do ciclo (acho que ainda é assim que se diz...) e estou a preparar as coisas para levar. E daqui a nada tenho de entregar um texto sobre o último livro de Art Spiegelman e ainda lhe quero fazer umas alterações. Assim, e para que ninguém se queixe de falta de leitura, deixo aqui um link sobre esse mesmo livro (genial, para que conste). O texto é de Maio deste ano, mas vale a pena espreitá-lo assim mesmo.

22.11.04

CORTO NO PÚBLICO
Hoje, com o Público, distribui-se a Fábula de Veneza, de Hugo Pratt. A capa não é exactamente esta, mas não encontrei a das edições do jornal na internet. Fica, ainda assim, o aviso para quem não tenha uma dos mais belos livros de todos os tempos.



Neste link podem ler um texto de António Carvalhal sobre a vida de Corto Maltese, personagem de ficção que nos faz duvidar a cada instante da sua irrealidade.

19.11.04

ESPAÇO CRÍTICO
Coloquei recentemente on-line, no Canal de Livros, um texto sobre as últimas reedições de Manara que a Meribérica lançou no mercado. O Canal de Livros está com alguns problemas técnicos, que impedem a visualização dos caracteres sem "intrusos gráficos" e que, espero, estarão resolvidos nos próximos dias. Ainda assim, aqui fica o texto sem os tais "intrusos".



REEDIÇÕES DE MANARA

Foi em 1969 que Milo Manara iniciou o seu percurso pela nona arte, com a publicação dos vinte e dois episódios de Genius onde o traço e o argumento mostravam já as direcções do seu trabalho futuro. A partir da década de setenta, Manara afirmou-se no panorama da banda desenhada europeia, ocupando um espaço pouco definido e situado algures entre a banda desenhada das páginas da imprensa e o erotismo escondido nos quiosques.
A Meribérica-Liber reeditou recentemente um conjunto de títulos do autor, nomeadamente A Metamorfose de Lucius e Gulliveriana, que destacaremos, mas também O Clic, O Clic 2, Câmara Indiscreta e Encontro Fatal.
Baseada num texto de Apuleio (séc. II) e originalmente editada em 1999, A Metamorfose de Lucius recria a história do Asno de Ouro ao modo inconfundível de Manara. Lucius, descendente de Plutarco, dirige-se à região de Tessália para entregar uma missiva e acaba por render-se aos mistérios e às múltiplas atracções do lugar. Transformado em burro pelo efeito de uma poção mágica, Lucius tenta sobreviver a todo o custo às várias situações que vai enfrentar, procurando recuperar a sua forma humana e abandonar Tessália são e salvo, tarefa que será dificultada pelos múltiplos assédios e por inesperados contratempos. E é aqui que se cruzam, de modo muito bem conseguido, as descrições de Apuleio com os devaneios eróticos de Manara.
O traço de Manara socorre-se, aqui, de todo o manancial de sensualidade e de encenação que constitui o património artístico do autor e cria uma narrativa visual apoiada numa luminosidade que remete para um passado longínquo, o tempo que só nos chegou pelos registos da memória, necessariamente esbatidos e lutando para sobreviver ao pó. Mas se este é o ponto de vista assumido, o resultado é uma releitura muito interessante de um dos clássicos literários da Antiguidade, elaborada à luz de uma actualidade que passa pela inserção deste trabalho na obra restante de Manara e nas múltiplas adaptações de episódios ou textos históricos para a linguagem da banda desenhada. É neste contexto que A Metamorfose de Lucius se assume como um álbum fundamental no percurso, felizmente longo e ainda produtivo, de Milo Manara.
Gulliveriana, inspirada no romance de Jonathan Swift, está mais longe da releitura histórica proposta com A Metamorfose de Lucius e bastante mais perto de uma fantasia erótica, partindo de uma sucessão de visões e situações sonhadas a partir do imaginário de As Viagens de Gulliver. A personagem central, feminina como não podia deixar de ser, e obedecendo às características habituais das mulheres de Manara (as curvas, o ar sensual, a predisposição para os jogos eróticos), perde-se junto à costa e descobre, num barco abandonado e quase fantasmagórico, um exemplar de As Viagens de Gulliver, que lhe fará companhia até que alguém a venha salvar. A partir daqui, sucedem-se as fantasias, entre liliputianos megalómanos, gigantes perversos e bacantes voadoras, haverá espaço e tempo para todos os delírios antes do regresso desta Gulliveriana ao seu ponto de partida.
Ainda que o único ponto comum entre os dois livros seja a adaptação de obras literárias consagradas, não havendo, por isso, muito mais para comparar, o resultado final de A Gulliveriana não é tão inspirado como o de A Metamorfose de Lucius, nomeadamente em termos gráficos. Ainda assim, saúda-se a reedição dos dois álbuns, já esgotados no mercado português e agora disponíveis, esperando que os mais recentes leitores de bd descubram, por entre as prateleiras das livrarias, um dos autores mais consagrados e também mais polémicos da nona arte.

18.11.04

BILAL NO CINEMA
Já chegou ao circuito das salas de cinema o filme Immortel, de Enki Bilal. Obviamente, é para não perder. Podem espreitar o site aqui.

17.11.04

UM ILUSTRADOR A CONHECER
Colin Johnson





16.11.04

PHOTO-ILLUSTRATIONS
Outra forma de ilustrar, segundo Brian McCarty.





FANZINE TERMINAL
"Roubámos" a notícia do site da Bedeteca:

O fanzine Terminal chega ao seu número 15 quando pensávamos que já não existia.
É este Sábado, dia 20, às 16h30 na loja Ghoul Gear (em Faro) que é lançado o novo número com as participações de Phermad, José Carlos Fernandes entre outros vários autores algarvios.
Mais informações em www.drmakete.com/terminalstudios.

15.11.04

PROBLEMA RESOLVIDO
Um mail e a simpatia habitual foram o suficiente para resolvermos o problema do cabeçalho do Beco. Melhor do que isso foi saber que os indiscretos continuam a andar por aí... Depois da Marta e do aviso sobre os livros de Blake e Mortimer, agradecemos agora à Cristina. E continuem a aparecer!
AS TORRES DE ART SPIEGELMAN
Já saíu uma edição portuguesa, no Brasil, na excelente Companhia das Letras. Quando é que cá chega? Ou quando é que sai a edição portuguesa?

PERGUNTA À COMUNIDADE
Alguém me sabe dizer porque é que a barra azul do Blogger tapa metade do título deste blog? E alguém me sabe explicar como é que faço para que isso não continue a acontecer?
Aguardo respostas na caixa do correio, com alguma ansiedade. Obrigada.
FIBDA 04 - OPINIÃO
Alguns leitores têm mandado mails onde falam do Fibda e onde perguntam o que achámos do novo espaço. Como estamos em maré de não cedermos ao imediatismo, o que quer dizer que estamos dispostas a continuar a falar sobre o Fibda mesmo depois de ele ter acabado (e ainda me falta um post sobre a bd infantil e a exposição de Ricardo Ferrand e Pedro Leitão...), aqui ficam algumas linhas sobre o assunto.
Fui pela primeira vez ao Fibda em 1992, levada pela minha irmã, quando a acção se começou a desenrolar na velha Fábrica da Cultura. Acompanhei as edições seguintes vendo crescer as exposições e a qualidade delas, vendo multiplicar-se as actividades e assistindo à internacionalização de um festival que soube afirmar-se de modo inequívoco. Aquele espaço agradava-me muito, apesar (ou talvez por causa de) do ar industrial e impessoal das paredes. De ano para ano, as exposições faziam daquela fábrica um espaço diferente, com áreas redefinidas e recantos novos, e mantendo sempre as potencialidades relativamente ao ano seguinte.
Depois deste discurso, não é difícil adivinhar que a mudança para a Escola Intercultural não me agradou nada. O espaço da Escola é agradável, mas não para acolher um festival com as dimensões do Fibda. Era difícil ver uma exposição sem esbarrar com vários outros visitantes ou sem se ter a sensação de estar na casa de alguém... Os editores estavam reduzidos a umas salas no piso térreo onde não comunicavam uns com os outros e onde o espaço para conhecer as novidades era escasso e pouco convidativo. Os anos da Escola Intercultural foram, acima de tudo, anos de aperto, apesar, volto a referir, da simpatia do local.
As mudanças anunciadas para este ano entusiasmaram-me bastante. O Fibda ia voltar aos espaços amplos, com capacidade para exposições grandes e arejadas e com a possibilidade de recuperar a tradição das cenografias pensadas e criadas para cada exposição, outra das coisas que marcou o Fibda na minha memória. Mas o resultado das mudanças não me encheu as medidas. A galeria comercial do metro da Amadora-Este é um espaço fechado, sem janelas, sem ventilação satisfatória e apenas com uma porta para o exterior (que eu visse), junto à área destinada aos editores. É certo que eu sofro de claustrofobia (embora não em grau muito avançado...), o que me fez antipatizar com o local assim que lá entrei. Ainda assim, não foram poucas as pessoas, conhecidas e desconhecidas, que ouvi queixarem-se do mesmo. A inexistência de luz exterior transformou o bar e a zona de autógrafos num espaço cuja iluminação fazia lembrar a de uma cozinha urbana, com aquelas luzes incandescentes, quebrando todo o conforto e afastando a ideia de passar umas horas a ler pelas mesas, conversando com quem passa e observando os autores a desenharem ao vivo. E depois havia o calor, um calor que se tornava verdadeiramente insuportável aos fins de semana, quando o espaço enchia, e que me fez estar no festival muito menos tempo do que aquele que gostaria. As exposições beneficiaram da amplitude (ainda assim) do espaço, recuperando as brincadeiras cenográficas (vejam-se as imagens da exposição "100 BD's do Século XX") e ganhando visibilidade em relação a edições anteriores. Mas mesmo assim notava-se um certo aperto entre exposições, talvez motivado pelo labirinto de caminhos entre cada espaço, já que as exposições em si "respiravam" o suficiente.



Não sei se o Fibda se manterá neste espaço em edições futuras, embora haja uma forte possibilidade de isso acontecer. Sei, por outro lado, que a "nostalgia" da Fábrica da Cultura permanecerá, independentemente do espaço que se defina. Também não sei se existe outro espaço na Amadora que sirva dignamente os propósitos e a dimensão exigida pelo Fibda (mas deverá existir, entre tanta fábrica ou armazém...isto digo eu, opinando à luz do que vejo da janela do comboio quando passo por lá). Ainda assim, parece-me importante deixar aqui estas notas, esperando que possam contribuir para o debate (e para o futuro) em torno de um assunto que interessa, seguramente, a todos os apreciadores de banda desenhada.



(As fotografias são da Sílvia e pertencem à segunda série das que fomos fazendo ao longo do Fibda e que só agora, devido a problemas técnicos e alguma azelhice nossa, chegaram ao Beco)
LEITURAS DO DIA
Hoje, o João Miguel Tavares escreve sobre a hilariante Superfuzz, de Rui Ricardo e Esgar Acelerado. o link é este.

13.11.04

PRESTIGE - NÃO ESQUECEREMOS
Há dois anos atrás, neste mesmo dia, o petroleiro Prestige afundou-se junto à costa da Galiza. O que se seguiu foi visto por toda a gente que quis ver e perceber que a incúria, os negócios e o poder nunca estão do lado certo quando se trata de proteger os direitos das populações e os recursos naturais.
Aqui do Beco enviamos um forte abraço a todos os amigos e companheiros galegos e juntamo-nos de alma e coração ao Dia da Dignidade. Estaríamos na Alameda de Santiago de Compostela se pudéssemos... Para que a história não se repita, Nunca Mais!


Jano - Colectivo Chapapote

12.11.04

MAIS LEITURAS DO DIA
Acabei de receber, com alguns dias de atraso e vários intermediários pelo meio, o último número da LER. Para além de ser um número apetecível, como aliás é costume, destaco para os leitores do Beco as ilustrações de Pedro Nora e as críticas de João Ramalho Santos sobre os seguintes livros: Palestina I e II, de Joe Saco; Déogratias, de Jean-Philippe Stasssen; Lucky Luke: O Imperador Smith, de René Goschinny e Morris; As 7 Vidas do Gavião: A Morte Branca, de Patrick Cothias e André Juillard; Murena: A Púrpura e o Ouro, de Jean Dufaux e Philippe Delaby; Tirésias: O Ultraje, de Serge Le Tendre e Christian Rossi; Os Mestres Cervejeiros: Margit 1886, de Jean van Hamme e Philippe Vallès e Fábulas: Lendas no Exílio, de Bill Willingham e Lan Medina.
LEITURAS DO DIA
No DN de hoje há um artigo de Marcos Cruz sobre as primeiras sessões do Cinanima deste ano. Para ler aqui.

11.11.04

PERDIDOS E ACHADOS
Ontem foi dia de trazer mais uns livros para as estantes novas. Entre revistas que já não via há uns meses, jornais que tenho de descobrir porque guardei e livros que queria mesmo encontrar, lá estava o Watchmen emprestado pela minha irmã há uns tempos. Já o tenho aqui, pronto para a devolução, mas acho que não o devolvo sem uma releitura...

10.11.04

FIBDA 04 - A ARTE DE GRADIMIR SMUDJA
Como escrevi há uns dias, apesar de o FIBDA deste ano já ter chegado ao fim, o Beco continuará a dar destaque a alguns autores presentes e às exposições sobre as quais ainda não se falou com pormenor por aqui.
As pranchas de Gradimir Smudja foram, sem dúvida, uma das atracções deste Festival, transformando-se o espaço que foi dedicado ao autor num dos pontos imprescindíveis da galeria do metro da Amadora.
Gradimir é de origem jugoslava e os seus estudos passaram pelas Belas-Artes, na Academia das Artes de Belgrado, antes de percorrer alguns países europeus, trabalhando como cartoonista ou em galerias de arte. O livro que transformou Gradimir Smudja num dos autores de bd mais falados nos últimos tempos chama-se Vincent e Van Gogh e está editado em Portugal pela Witloof. Recebeu o prémio Melhor Álbum Estrangeiro no Fibda do ano passado e foi objecto de inúmeras criticas muito positivas, sendo que aqui no Beco também já escrevemos sobre ele.



No Fibda deste ano tivemos oportunidade de ver algumas pranchas originais de Vincent e Van Gogh e o deslumbramento elevou-se ao cubo... Se a cor e o modo como o autor a trabalha, cruzando texturas e jogos de luz, já tinham impressionado sobejamente com a leitura do livro, os originais pintados por Gradimir são autênticas telas onde o autor constrói uma leitura do traço de Van Gogh a partir das necessidades narrativas exigidas pela própria história que se conta. O trabalho da aguarela sobre o papel resulta na transformação de cada vinheta num quadro único e impressionante, onde a obra de Van Gogh se prolonga através da memória e da força das imagens.
Foi, sem dúvida, uma das exposições mais apetecíveis deste Fibda.



Neste link podem ler uma entrevista com Gradimir Smudja a propósito de Vincent e Van Gogh. Por cá, aguardamos a versão portuguesa de Le Bordel des Muses. Já vi o primeiro volume, em francês, e aguardo com impaciência os dois que completam a trilogia.

9.11.04

CINANIMA

Começou ontem a 28ª edição do Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho.
Desde a competição, que este ano se estreia com as Longas-metragens, aos debates e conferências, passando por uma exposição de André Carrilho e uma homenagem a Artur correia, não faltam motivos para visitar Espinho até dia 14 de Novembro.
Para saber toda a programação aqui fica o site oficial
BLAKE E MORTIMER NOS QUIOSQUES
Os Indiscretos fecharam a Janela mas não desapareceram... e ainda bem! Recebemos um mail da Marta Almeida, avisando-nos da publicação dos livros de Blake e Mortimer, de Edgar P. Jacobs, com o jornal Record. O primeiro volume saiu no Domingo, mas ainda se deve encontrar pelas bancas, mesmo sem jornal.
Obrigada, Marta!

8.11.04

LEITURAS DO DIA
No Público de hoje há um texto de Carlos PEssoa sobre o inquérito "Cem BD's do Século XX", que originou uma das exposições do FIBDA deste ano, para ler aqui. E há também a opinião de alguns autores portugueses sobre esse inquérito para ler aqui.
No DN, o João Miguel Tavares escreve sobre dois livros ilustrados por José Miguel Ribeiro. O link é este.

7.11.04

FIBDA 04 - O ÚLTIMO DIA
Chega hoje ao fim a XVªedição do Festival Internacional de BD da Amadora. Mas porque eventos como este devem servir também para reflectirmos em torno das muitas abordagens da bd, para percebermos como se desenvolve o panorama editorial no nosso país ou para recuperarmos autores esquecidos e descobrirmos outros novos, os próximos dias serão preenchidos por vários posts sobre o FIBDA 04. Para além de algumas notas em jeito de balanço, teremos alguns textos sobre as exposições que ainda não comentámos, os livros que foram lançados durante o festival e as exposições que gostávamos de ver em futuros Fibda's.

5.11.04

FIBDA 04 - DEBATES
Amanhã, no espaço das galerias da estação de metro da Amadora:

16h-Esgar Acelerado e Rui Ricardo
17h-Autores argentinos
18h- Luis Louro
FIBDA 04 - OS ÚLTIMOS AUTÓGRAFOS
Aqui fica a lista dos autores que estarão presentes no Fibda durante o fim de semana, para autografarem os seus livros e conversarem com os leitores:

Sábado, dia 6 de Novembro
15h - Lorenzo Gomez, Miguel Rep, Ziraldo, Juan Sasturain, José Abrantes, Esgar Acelerado e Rui Ricardo
16h - Lorenzo Gomez, Marina Palácio, Miguel Rep, Ziraldo, Juan Sasturain, Miguel Rocha (Melhor Álbum Português e Melhor Desenho de Autor Português 2004), Pedro Brito
17h - Diniz Conefrey, Marina Palácio, Miguel Rocha, Pedro Brito, Pedro Leitão, Ziraldo
18h - Diniz Conefrey, Pedro Leitão

Domingo, dia 7 de Novembro
15h - Ziraldo, Juan Sasturain, Miguel Rep, Luís Pinto Coelho, Lorenzo Gomez, José Abrantes, Eugénio Silva, Diniz Conefrey
16h - Ziraldo, Juan Sasturain, Miguel Rep, Luís Pinto Coelho, Lorenzo Gomez, José Abrantes, André Carrilho, Diniz Conefrey
17h - André Carrilho, Juan Sasturain, Diniz Conefrey, Miguel Rep, Pedro Leitão, Ziraldo
18h - Ziraldo, Pedro Leitão, Diniz Conefrey
ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA 2004 - A ÚLTIMA SESSÃO
Amanhã é o último dia de Cinema de Animação na Ilustração Portuguesa 2004. Desta vez, a sessão é dedicada ao México.

Os filmes:

_"Hasta los huesos" de René Castillo
_"Sin sosténde" Antonio Urrutia e René Castillo
_"Largo es el camino al cielo" de Jose Ángel García Moreno
_"Pronto saldremos del problema" de Jorge Ramírez Suárez
_"La Guerra" de Ruben Silva Ruiz
_"La história de todos" de crianças de várias tribos

A sessão será complementada com outros cinco filmes de vários autores mas com temática e cor próxima do México.



Também amanhã, realiza-se a Feira de Fanzines da Chili Com Carne entre as 17h e as 19h.
IMAGENS DO FIBDA
Recebemos um e-mail do Dupont, do blog O Vilacondense, dizendo que podíamos usar, sem qualquer problema, as imagens que captou no Fibda. Agradecemos sinceramente, e vamos começar já a aceitar o convite. O link para o post do Vilacondense sobre o Fibda é este e as imagens valem mesmo a pena. Obrigadas!

FESTA BÍBLICA
Logo à noite, a partir das 22h, há festa no Lisboa Bar (Rua Nova da Trindade, nº7) para comemorar o lançamento da nova edição da Bíblia, coordenada, como desde sempre, por Tiago Gomes.
O novo número agradará mais a quem gosta de poesia do que aos amantes da nona arte, o que não quer dizer que não se recomende a toda a gente... Com colaborações de poetas portugueses e espanhóis esta Bíblia é, como se lê n o editorial, "una excusa para mirarnos". Miremo-nos, então.

4.11.04

CHILI COM CARNE - FEIRAS DE FANZINES
Recebemos por mail:

a Chili Com Carne participa numa série de Feiras de Fanzines esta semana...

1) Festival Inter-Acções, Corroios ? amanhã Sexta-feira dia 5. A Feira de Fanzines é organizada em colaboração com a revista Underworld /Entulho Informativo.

2) A CCC organiza uma Feira de Fanzines na Ilustração Portuguesa 2004 na Galeria Municipal da Cordoaria Nacional - Sábado dia 7.

3) A CCC tem parte do seu catálogo na Bd Amadora num stand da revista Bíblia - identificada como "Faneditores"!? Até dia 8.
LEITURAS DO DIA
No Jornal de Notícias de hoje há um texto sobre a chegada de Blueberry ao cinema. Para ler aqui.
FIBDA 04 - ALGUMAS IMAGENS EM ATRASO
Não tem corrido bem a captação de imagens pela nossa parte, nem a sua disponibilização em formato digital através da internet. Mas como ainda não temos uma máquina digital, coisa que, esperamos, acontecerá no próximo ano, faz-se o que se pode com o que há. Aqui ficam, então, as imagens que não fomos a tempo de colocar no post sobre as exposições de André Carrilho e da Superfuzz:


André Carrilho


Superfuzz

3.11.04

ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA 2004
Mais alguns dos Ilustradores presentes na mostra que acaba já neste Domingo:


Alice Geirinhas


Cristina Sampaio


Daniel Lima


Jorge Colombo


Nuno Saraiva
PODE SER QUE SEJA MENTIRA...
Há anúncios tristes e este é, seguramente, um dos mais tristes de toda a blogosfera. Pode ser que seja mentira...ou que ainda haja maneira de voltar atrás. Esperaremos...

2.11.04

PRÉMIOS FIBDA 2004
E os vencedores são:

Melhor Álbum Português - A Vida numa Colher "Beterraba", de Miguel Rocha, Edições Polvo
Melhor Argumento de Autor Português - A Grande Enciclopédia do Conhecimento Obsoleto, de José Carlos Fernandes, Devir
Melhor Desenho de Autor Português - A Vida numa Colher "Beterraba", de Miguel Rocha, Edições Polvo
Melhor Álbum Estrangeiro - Palestina, uma Nação Ocupada, de Joe Sacco, Mais BD + Devir
Melhor Álbum de Tiras Humorísticas - Os Sobrinhos do Capitão, de Joe Musial, Gradiva
Melhor Ilustração para Literatura Infantil - O Sonho de Mariana, de Danuta Wojciechowska, Gailivro
Clássicos da 9ª Arte - A Saga do Tio Patinhas, de Don Rosa, Edimpresa
Melhor Fanzine - Tertúlia BdZine, de Geraldes Lino
Prémio Juventude - 32 de Dezembro, de Enki Bilal, ASA
Troféu de Honra - A.J.Ferreira

Amanhã haverá comentários. Hoje não pode ser; estou a tomar conta do meu sobrinho...