6.11.06

FIBDA 06 - NOTAS

Dos encontros: um Festival como o FIBDA proporciona, por vezes, alguns encontros interessantes.

De Angel de la Calle, tenho de dizer que guardei a descoberta, através de Modotti e de algumas conversas, de uma espécie de fraternidade instantânea, longe da admiração fanática ou da simples cedência à simpatia. Não é isso. É que quem persegue daquele modo uma miragem tão perfeita no seu papel de miragem como Tina Modotti, quem fala como ele fala de compromissos com a História, de sonhos, de uma esperança de quem sabe que o mundo está condenado mas que nem por isso temos o direito de desistir, quem assim fala cria uma ponte que me é fácil de atravessar.
Sobre Modotti - Uma Mulher do Século XX espero escrever em breve. Sobre fraternidades instantâneas fico-me por aqui.


Prancha original, a lápis, de Modotti e Angel de la Calle desenhando num dos seus livros

Sidney Gusman, crítico, editor e cronista do Universo HQ, chegou à Amadora entusiasmado com as descobertas que poderia experimentar. E a generosidade com que ia descobrindo e partilhando as impressões que retinha foram uma constante durante a visita. Achou os livros de banda desenhada (e os livros em geral) baratos, destruiu a conta bancária à conta dessa descoberta e ficou maravilhado com o facto de haver dinheiro público para se montar uma estrutura com a dimensão da do FIBDA. Realidades muito diferentes...
Contactos trocados, vamos ter mais impressões em breve, mas sobretudo passaremos a ter um interlocutor frequente do lado de lá do Atlântico, com vontade de acompanhar o que se passa na banda desenhada portuguesa e disponível para contar o que se ai passando na banda desenhada brasileira.

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