26.10.05

BOAS NOVAS: A LX COMICS VOLTOU!
Metamorfina, de Miguel Mocho e João Sequeira, é o próximo número da colecção:



Esta semana chega às livrarias mais um número da colecção Lx Comics, "Metamorfina", por Miguel Mocho (argumento) e João Sequeira (desenhos). De realçar o "face-lifting" ao design da colecção elaborado pelo Atelier Silva!.
Trata-se do 17º número da Lx Comics, uma colecção da Bedeteca de Lisboa iniciada em 1998 com o propósito de se constituir como um laboratório de novos autores e tendências. O modelo é simples, entre 16 e 32 páginas, a preto e branco, uma ou várias histórias desde que assinadas pelo mesmo autor/autores ou subordinada a um mesmo tema. A inquietação de procurar novos autores e histórias não cessa e as propostas são bem vindas, em qualquer tema ou estilo.

De kafkiano, METAMORFINA tem quase tudo. Começa com o típico 'esta manhã acordei e,' depois é o mundo de um indivíduo que se desmorona num conto de escatologia quase gore, onde, por pouco, poderiam caber cenas do 'cidadão Tetsuo'. As páginas constituídas por uma imagem são uma galeria de horrores e que acentuam um texto que não nos dá descanso em termos de detalhe horripilante e denunciam o incómodo do quotidiano e da vida burguesa. Com um final que ainda tem direito a um 'punch-line', uma história só para quem tem estômagos fortes!

Sobre os autores: MIGUEL MOCHO (Lisboa, 1971) desde cedo dedicou-se à música - alguém se lembra de Jack & os Estripadores? - com a consequente acumulação de dívidas e mal-estar físico. Compôs bandas sonoras e foi actor em produções que ninguém conhece. Estudou cinema, desenho e pintura. Licenciou-se em Arquitectura mas passa os dias a escrever histórias à espera que alguém as compre. Viajou pelo mundo e residiu em vários pontos da Europa, e morrerá um dia de forma despercebida e, certamente, na miséria. Uma biografia menos optimista que a de JOÃO SEQUEIRA (Portalegre, 1971) que estudou, em Lisboa, Arquitectura por obrigação, e desenho na SNBA, por prazer. Sempre quis fazer bd no entanto só em 1994 realiza o seu primeiro trabalho "Big Joe and the phantom 309" com o André Lemos. Em 1999, refugia-se numa aldeia do norte alentejano regressando a Lisboa de forma regular apenas para frequentar o curso de BD do CITEN (2002/2003). Editou cerca de meia dúzia de fanzines em 2003.

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